39% das portuguesas com mais de 50 anos sofrem de osteoporose

Mais frequente na população feminina, sobretudo na fase pós-menopáusica, a osteoporose é uma das principais causas de fratura óssea. Na data em que se assinala o Dia Mundial da Osteoporose, a Sociedade Portuguesa de Reumatologia anuncia a publicação de novas recomendações terapêuticas para a abordagem desta patologia que afeta 12% da população portuguesa.

Diminuição da densidade mineral óssea, aumento da fragilidade óssea e consequente aumento da suscetibilidade de fraturas, principalmente da cabeça do fémur, da coluna vertebral e do punho, são as características da osteoporose, uma doença metabólica óssea que se desenvolve silenciosamente, só se manifestando, em alguns casos, após a ocorrência da primeira fratura.

Sabe-se hoje que a prevalência das fraturas de natureza osteoporótica aumenta com a idade e difere entre os sexos. Estudos europeus revelam que oito em cada 20 (40%) mulheres e três em cada 20 (15%) homens irão sofrer uma ou mais fraturas osteoporóticas ao longo da sua vida. Após os 65 anos de idade, o risco de fratura aumenta significativamente, sendo que a frequência destes incidentes nas mulheres é 2-3 vezes superior à dos homens.

“Diminuição da densidade mineral óssea, aumento da fragilidade óssea e consequente aumento da suscetibilidade de fraturas, principalmente da cabeça do fémur, da coluna vertebral e do punho, são as características da osteoporose, uma doença metabólica óssea que se desenvolve silenciosamente”

De acordo com o maior estudo sobre a prevalência de doenças reumáticas em Portugal (EpiReumaPt), a prevalência de osteoporose nas mulheres portuguesas pós-menopáusicas acima dos 50 anos é significativamente superior, correspondendo a 39%. Estas mulheres têm uma elevada prevalência de fraturas de fragilidade, ou seja, de baixo impacto (18%). Quando se analisa o consumo de medicação, verifica-se que apenas 15% das mulheres pós-menopáusicas com osteoporose refere estar sob terapêutica e 19% mencionam ter feito algum tratamento no passado.

Para o Presidente da SPR, João Eurico da Fonseca, “a osteoporose em Portugal é um problema de saúde pública. Apesar do melhor conhecimento desta doença por parte dos profissionais de saúde e pela população, continuamos a verificar um subtratamento da mesma”.

Em relação às novas recomendações que será tornadas públicas já no próximo dia 22 de outubro, no decorrer das Jornadas de Outono da SPR, o especialista refere que estas “visam reduzir o risco e a frequência de fraturas osteoporóticas, que estão associadas a uma alta taxa de mortalidade, através de práticas clínicas validadas, que permitem uma utilização eficaz dos recursos diagnósticos e terapêuticos disponíveis”.

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