Dia Mundial da Produtividade: doentes reumáticos são diretamente condicionados na sua produtividade laboral

Assinala-se hoje, 20 de junho, o Dia Mundial da Produtividade e a Sociedade Portuguesa de Reumatologia (SPR) aproveita a ocasião para lembrar os portugueses que as doenças reumáticas – que não afetam só a população mais idosa -, têm consequências na produtividade nacional. Na verdade, a maioria dos doentes reumáticos estão em idade ativa e são diretamente condicionados na sua produtividade laboral.

Face à conjuntura atual, a proposta da SPR é que se desenvolva um enquadramento profissional e laboral das doenças reumáticas em Portugal ajustado a esta conjuntura. Desde a criação de mais serviços de Reumatologia, à promoção de um diagnóstico precoce, à revisão do horário de trabalho, até à criação de indicadores de avaliação da capacidade laboral, são estas algumas das medidas que a SPR propõe como medida de redução dos gastos em saúde associados ao absentismo e reforma antecipada por doença reumática.

As doenças reumáticas são responsáveis pela perda de produtividade e pelo absentismo laboral, pelas reformas antecipadas com custos diretos e indiretos estrondosos, pela redução do número de pessoas ativas, e consequente diminuição da produção de riqueza e produtividade do país. Tudo se deve à dor, rigidez e a dificuldade na locomoção. De acordo com o estudo Produtividade, Empregabilidade e Saúde Social, publicado em 2016, afirmam que o absentismo chega mesmo a ser superior a 9 horas semanais.

A patologia reumática afeta mais de metade dos portugueses e, destes, 87% se veem limitados no seu trabalho. Sendo que, não é só o bem-estar e o direito ao trabalho destas pessoas que está em causa, mas também o facto de sabermos que o absentismo por doença reumática custa ao Estado português aproximadamente 204 milhões de euros. Esta situação está na origem das reformas antecipadas que, segundo dados recentes, influem na despesa nacional em 650 Milhões de euros. No total, as doenças reumáticas custam mais de 800 milhões de euros em absentismo e reformas antecipadas. No entender da SPR, é inconcebível que não haja uma estratégia integrada de redução de custos quando temos uma despesa avultada como esta, associada às doenças reumáticas.

A SPR insiste que é urgente mudar este panorama garantindo que os doentes reumáticos com doenças graves são vistos por especialistas de Reumatologia, implementando a rede de referenciação hospitalar desta especialidade e assegurando que hospitais tão importantes como: Hospitais Civis de Lisboa, Amadora- Sintra, Guimarães, Santo António, Cascais, entre outros, têm serviços de Reumatologia. A intervenção e promoção do diagnóstico precoce também têm influência na redução de custos para a sociedade e nos anos de sofrimento para os doentes.

Deve-se, igualmente, garantir melhores condições de trabalho aos doentes reumáticos. O estudo inicialmente citado revela também que quase 20% doentes sente que uma forma de conseguir conciliar os sintomas com a vida laboral seria a adoção de horários flexíveis por parte da entidade empregadora.

A Sociedade Portuguesa de Reumatologia acredita que um SNS com mais serviços de Reumatologia e mais reumatologistas, associado a uma revisão individual das condições de trabalho dos doentes reumáticos, é urgente, tendo em conta que é crucial promover as condições e manutenção do trabalho, essenciais para a promoção da dignidade humana.

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