Dieta mediterrânica reduz risco de morte em doentes cardiovasculares

O congresso anual da European Society of Cardiology (ESC) teve lugar entre os dias 27 e 31 de agosto em Roma, Itália, e contemplou no programa científico os temas mais atuais da Cardiologia mundial. Novas evidências dos benefícios da dieta mediterrânica, nomeadamente na redução da mortalidade em doentes com história de patologia cardiovascular, foram apresentados pelo italiano Giovanni de Gaetano, de acordo com os resultados do estudo observacional Moli-sani.

“Há muito que a dieta mediterrânica é reconhecida como um dos mais saudáveis hábitos nutricionais em todo o mundo”, afirmou Giovanni de Gaetano, do Departamento de Epidemiologia e Prevenção do IRCCS Neuromed Institute, em Pozzilli, Itália. No entanto, os benefícios deste regime alimentar podem ser ainda mais significativos. De acordo com os resultados do estudo observacional Moli-sani, apresentados neste congresso no dia 28 de agosto no Congresso da ESC, a dieta mediterrânica está associada a uma redução da mortalidade em doentes com história de patologia cardiovascular.

“Na realidade, vários estudos científicos já tinham revelado que o estilo de vida tradicional mediterrânico reduz o risco de desenvolvimento de várias doenças crónicas e, mais importante ainda, de mortalidade por qualquer causa”, frisou o especialista. Todavia, acrescentou Giovanni de Gaetano, a investigação até agora desenvolvida estava focada na população em geral que é, na sua maior parte, constituída por pessoas saudáveis. Restava, portanto, saber se nos doentes cardiovasculares, a dieta mediterrânica era igualmente benéfica. “E a resposta é sim, tendo em conta os dados deste estudo que incluiu doentes com história de patologia cardiovascular, tal como doença coronária e AVC”. Moli-sani é um estudo epidemiológico prospetivo, com um período de seguimento de 7,3 anos, no qual foram incluídos 25 000 participantes, que vivem na região italiana de Molise. “Dentro desta amostra populacional foram identificadas 1197 pessoas que reportaram história de doença cardiovascular”, esclareceu Marialaura Bonaccio, autora principal deste projeto.

“Descobrimos que entre os participantes que melhor aderiram à dieta mediterrânica, a mortalidade por qualquer causa foi reduzida em 37% comparativamente com os participantes que tiveram uma adesão mais fraca a este regime alimentar”, sublinhou Giovanni de Gaetano. Os alimentos que mais contribuíram para a redução da mortalidade foram os frutos, os vegetais, o peixe, os frutos secos e os ácidos gordos monoinsaturados, nomeadamente o azeite.

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