VI Congresso da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor

Vai decorrer, entre os dias 11 e 13 de outubro, em Lisboa, o VI Congresso da Associação Portuguesa para o Estudo da Dor. Com o tema “Movimento para o Futuro” esta reunião decorre em simultâneo com a XVI Reunião Iberoamericana de Dor como resultado de uma parceria com a Federación Latinoamericana de Asociaciones para el Estudio del Dolor (FEDELAT) e com a Sociedade Espanhola de Dor (SED).

A partilha de conhecimentos sobre a dor e sobre as principais dificuldades na prática clinica são os objetivos desta reunião. “Com a participação neste congresso podemos potenciar-nos uns aos outros, nas dificuldades que encontramos, para progredirmos mais no tratamento da dor nos nossos doentes”, refere Ana Pedro, Presidente da Direção da APED.

Para a médica anestesiologista existe ainda no nosso país uma grande desvalorização da dor, facto que “está muito relacionado com a nossa cultura judaico-cristã, sentirmos que o sofrimento faz parte e, portanto, é ainda muito cultural abraçar a dor como uma inevitabilidade”. Ana Pedro afirma ser necessário “mudar esta perspetiva e isso passa pela educação, pela mudança daquilo que é a realidade das nossas crenças – que muitas vezes desvaloriza a dor – que acaba por ser vista num contexto de apenas mais um sintoma que pode ajudar ao diagnóstico. A dor é um sintoma muito importante para chamar à atenção para uma doença de base que até pode ser grave e tratável, contudo, quando a dor ultrapassa este objetivo fisiológico de nos proteger, ela passa quase a ser uma doença por si só. E é exatamente ai que ela se torna menos valorizada.”

Sendo a dor uma questão transversal a todas as especialidades, a organização do congresso espera poder reunir especialistas de diferentes áreas como a Medicina Geral e Familiar, a Medicina Interna, a Cirurgia, a Ortopedia, a Fisiatria, a Reumatologia e a Neurocirurgia. Do programa fazem parte temas como a passagem da dor aguda para a dor crónica, a abordagem da dor em situações complexas – como cenários de catástrofe, a intervenção em dor pediátrica e no doente terminal -, a dor pélvica, a dor em oncologia, entre outros.

Durante o congresso será ainda lançada a campanha Movimento para o Futuro. Com o mesmo nome do tema do evento, esta campanha pretende sensibilizar para a utilização do movimento como forma de prevenção e tratamento de estados de dor ligeira a moderada nas suas múltiplas vertentes.

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