Esperança renovada na área do cancro hepatobiliopancreático

Será que estamos a fazer avanços no tratamento não cirúrgico nos cancros hepáticos e pancreáticos? Foi para dar resposta a esta pergunta que esteve em Portugal o Dr. Arndt Vogel, gastrenterologista e oncologista da Hannover Medical School, que abordando os tratamentos farmacológicos para este universo assumiu que “os passos são pequenos mas ainda assim importantes”.

“Sabemos que a biologia desta doença é complexa e está ainda envolvida em algum desconhecimento. Sabemos que estes tumores são muito heterogéneos, altamente resistentes a quimioterapia e são poucas as terapêuticas disponíveis. Ainda assim”, sublinhou, “tem-se apostado na pesquisa de novos conhecimentos moleculares e de imunobiologia, e tem-se procedido à integração de novas abordagens terapêuticas.” Por isso, o especialista alemão acredita que há razões para permanecermos otimistas quanto ao futuro, tendo desde já algumas certezas:

“Não podemos dar o mesmo tratamento a todos os doentes. Estes têm de ser cuidadosamente selecionados, assim como a terapêutica a instituir. Depois, é essencial pensar-se num tratamento multidisciplinar e em equipas de trabalho multidisciplinares.”

O especialista alemão frisou ainda que estão sem dúvida a ser conseguidos progressos, pese embora a dificuldade em desbravar caminho em subgrupos específicos.

“Acredito que vamos continuar a ter resultados, mas precisamos de estratégias diferentes, multidisciplinares, para vermos como podemos obter os melhores resultados.”

Quanto aos avanços, o oncologista realçou as novas drogas com resultados positivos em estudos de fase I, II e III, destacando os dados muito promissores relativamente à combinação de imunoterapias.

“Há hoje um melhor entendimento das alterações genéticas e dos subgrupos moleculares. São descobertas que certamente vão ajudar a descobrir novos caminhos terapêuticos, mas precisamos de ensaios dirigidos a biomarcadores. A imunoterapia é uma área repleta de novas possibilidades no campo do cancro hepático, mas precisamos da combinação de biomarcadores”, concluiu.

 

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Teresa Fiuza, Dirk Arnold e Arndt Vogel

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