“Inovação multiplicou por cinco a sobrevida dos pacientes com cancro colorretal”

A CUF Porto Hospital recebeu, no âmbito das Conferências CUF 2017, uma sessão sobre inovação em cancro colorretal, contando com a presença do palestrante internacional Prof. Doutor Gunnar Folprecht. A medicina personalizada com tratamento direcionado, a cirurgia robótica e a importância do tratamento com preservação do órgão foram alguns dos temas abordados.

Gunnar Folprecht, especialista em Oncologia e Medicina Interna no Hospital Universitário de Dresden, na Alemanha e Presidente do Grupo de Trabalho da área Colorretal da Organização Europeia de Estudo e Tratamento do Cancro, foi um dos convidados internacionais das Conferências CUF. O especialista abordou as decisões terapêuticas em cancro colorretal, área onde está a desenvolver vários ensaios clínicos.

O cancro colorretal representa 13% de todos os novos casos de cancro na Europa, sendo o segundo cancro mais frequente e a segunda causa de morte por cancro nesta região do globo. A avaliação e o tratamento deste tipo de cancro é, hoje, uma “tarefa que exige uma organização multidisciplinar, com a integração estruturada de conhecimentos, tecnologias e profissionais de diferentes áreas”. Até porque, segundo explica o moderador da sessão, José Pedro Azevedo (Instituto CUF de Oncologia) “às três abordagens terapêuticas clássicas – a cirurgia, a radioterapia e a quimioterapia –, somam-se hoje os tratamentos direcionados”.

Com efeito, durante a sua exposição, Gunnar Folprecht demonstrou que é possível, atualmente, atacar o cancro colorretal de uma forma mais específica, através de tratamentos direcionados, quer ao nível molecular (bioterapia), quer ao nível do órgão.

Ainda no âmbito deste tema, mas para abordar a cirurgia robótica e a sua relevância aplicada ao tratamento do cancro colorretal, marcou presença um dos maiores especialistas no tema: Carlos Vaz, Coordenador da Unidade de Cancro Colorretal de Lisboa do Instituto CUF de Oncologia e Coordenador da Unidade de Cirurgia Robótica da CUF. O orador explicou que a “cirurgia robótica permite a realização de intervenções cirúrgicas por via minimamente invasiva, no caso da cirurgia do cancro colorretal, com resultados oncológicos iguais ou superiores aos das técnicas anteriores”,

Durante este painel foi ainda abordado o papel atual da radioterapia, também profundamente transformada pelas novas tecnologias digitais, tornando-se mais seletiva e eficaz, ao ponto de permitir a cura da doença, com preservação de órgão.

“Graças a todos os avanços realizados, que foram referidos na sessão, a sobrevida média dos pacientes com cancro colorretal foi multiplicada por cinco, nos últimos anos”, concluiu José Pedro Azevedo.

 

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António Quintela, Carlos Vaz, José Pedro Azevedo, Dirk Arnold e Gunnar Folpretch

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