Novo estudo afirma que os adoçantes podem reduzir a ingestão calórica e o desejo de consumir doces

Os dados de um trabalho de Marc Fantino, fisiologista da nutrição francês, vêm agora desmentir a ideia de que os adoçantes com baixo teor calórico desempenham um papel no aumento dos números da obesidade. O tema, que já há muito tem sido alvo de debate, conta agora com um novo dado: os adoçantes podem mesmo ser uma ferramenta para ajudar a controlar a ingestão calórica e combater o desejo de consumo de alimentos doces.

Já não é novidade para a comunidade científica que substituir o consumo de alimentos e bebidas açucaradas por alternativas com adoçantes de baixas calorias pode ajudar a reduzir o consumo de açúcar e a ingestão calórica em geral. Mas ainda assim, este continua a ser um tópico de controvérsia.

Para eliminar quaisquer dúvidas nesta área Marc Fantino e a sua equipa desenvolveram um ensaio clínico randomizado, que contou com a participação de 164 homens e mulheres saudáveis e com peso considerado normal, que ou eram consumidores regulares de bebidas dietéticas ou não consumiam bebidas com adoçantes. Concluiu-se “que tanto o consumo reduzido como o elevado de bebidas com adoçantes de baixas calorias (consumo diário de 660ml/dia por um período de quatro semanas) não estimula o consumo de alimentos nem aumenta a ingestão de calorias, quando comparado com a água, que é sugerida como o substituto preferido para as bebidas açucaradas”.

“Tanto o consumo reduzido como o elevado de bebidas com adoçantes de baixas calorias (consumo diário de 660ml/dia por um período de quatro semanas) não estimula o consumo de alimentos nem aumenta a ingestão de calorias, quando comparado com a água, que é sugerida como o substituto preferido para as bebidas açucaradas”

Os resultados foram apresentados pela primeira vez no simpósio da Associação Internacional de Adoçantes (ISA), que se realizou no âmbito do 24.º Congresso Europeu de Obesidade (ECO), no Porto, vão ao encontro das conclusões de anteriores revisões e meta-análises de ensaios clínicos randomizados, já apresentadas publicamente por John Sievenpiper, professor associado do Departamento de Ciências da Nutrição da Universidade de Toronto, no Canadá.

Charlotte A. Hardman juntou a estes dados os resultados preliminares de uma pesquisa, que ainda decorre, realizada pela Universidade de Liverpool (Reino Unido), que analisa os fatores fisiológicos que levam os consumidores a ingerir bebidas baixas em calorias.

Observou Charlotte A. Hardman que “as preocupações com o peso corporal e as crenças positivas sobre a palatabilidade (aquilo que é agradável ao paladar) e o controlo do apetite são fatores determinantes para o consumo de bebidas com adoçantes de baixas calorias”.

Na discussão final do painel, presidida pela Professora Maria Hassapidou, os especialistas concordaram que: “Todos estes dados, em conjunto, adicionam mais evidências em defesa do argumento convincente que indica o benefício dos adoçantes de baixo teor calórico na redução das calorias em geral, e no controlo do peso, e argumentam contra o papel destes adoçantes na promoção da obesidade e da diabetes”.

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