Rafaela Campanha: “A consulta de cessação tabágica não tem que ser necessariamente num hospital”

O 1º Curso de Cessação Tabágica do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental aconteceu no passado sábado, dia 21 de outubro. Organizado pelo Serviço de Pneumologia do mesmo hospital, contou com várias palestras teóricas, mas também com a presença de ex-fumadores, que partilharam as suas histórias.

Depois da introdução ao curso, protagonizada pelo diretor do Serviço de Pneumologia, Fernando Nogueira, vários temas foram discutidos: a legislação atual, a epidemiologia do tabagismo, o tabagismo ativo e passivo, os grupos de risco, a terapêutica farmacológica e até as novas tecnologias como forma de apoio para quem quer deixar de fumar.

Destinado a internos e especialistas de Medicina Geral e Familiar, não pôde faltar falar das novas formas de consumo do tabaco e seus derivados. “Não poderia mesmo faltar estabelecer a posição da Sociedade Portuguesa de Pneumologia em relação a estas novas formas de tabaco, das quais é exemplo o cigarro eletrónico, já que tem havido muita confusão, como de manhã foi explicado pela pneumologista Paula Rosa”, explicou Rafaela Campanha.

A cessação tabágica é “uma prioridade que foi estabelecida no nosso ACES, particularmente no nosso serviço de Pneumologia do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental”. Esta é uma área com muito interesse, que pode ser desempenhada por várias especialidades, já que o tabaco “faz mal e afeta todos os sistemas de órgãos”, explicou a interna de Pneumologia. Atualmente, esta é uma consulta que tem muita procura e para a qual, de momento, não se está a conseguir dar resposta. Então o objetivo foi habilitar e incentivar outros colegas, para que depois, se possível, “eles trabalharem no sentido de abrir uma consulta nos respetivos centros de saúde”.

Rafaela Campanha considera que houve uma mudança de paradigma desde a lei de 2005 e que isso proporcionou uma maior consciência da parte das pessoas, e por isso também é importante continuar a formar os pares. Depois deste curso, espera-se que “por parte dos nossos colegas de Medicina Geral e Familiar exista uma maior motivação para criar um projeto ou, já existindo, que se sintam motivados a integrá-lo” para que cada vez mais aqueles que “nos procuram e querem deixar de fumar tenham o apoio devido”.

Sobre a consulta do Centro Hospitalar de Lisboa Ocidental, Cristina Matos, coordenadora deste curso e assistente hospitalar graduada de Pneumologia, diz que o principal problema é a falta dos doentes à primeira marcação: “não conseguimos ter uma confirmação das primeiras consultas, não temos secretariado que nos possibilite confirmar na véspera as consultas”. Ainda assim, “a taxa de sucesso, das pessoas que iniciam o processo, é de 30%/31% de abstinência tabágica maior ou igual a um ano, portanto os resultados são bons”.

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