Semana Europeia do Teste VIH e Hepatites “com enorme adesão da população portuguesa”

A Semana Europeia do Teste VIH-Hepatites está a decorrer desde dia 17 e até ao dia 24 deste mês. O objetivo é sensibilizar a população portuguesa para os benefícios do rastreio de VIH e hepatites virais e, a meio da iniciativa, já se constata uma “uma enorme adesão da população portuguesa”. O lema: Testar. Tratar. Prevenir.

“Estamos a meio da Semana Europeia do Teste VIH e hepatites e esta é já um grande sucesso. A afluência aos 30 centros comunitários de rastreio tem sido muita e já ultrapassamos um terço dos 2300 testes previstos para esta semana, e mais de 700 pessoas foram já testadas. Existem já casos reativos para o VIH, hepatites e sífilis que foram devidamente referenciados para os centros de tratamento”, refere Ricardo Fernandes, Diretor Executivo do Grupo de Ativistas em Tratamento (GAT).

Criada em 2013 pelo HIV in Europe, esta iniciativa faz um apelo à comunidade europeia para reunir esforços durante esta semana de forma a sensibilizar as pessoas sobre as vantagens de conhecer o estatuto serológico para a infeção pelo VIH. Posteriormente, em 2015, a Semana Europeia do Teste alargou o seu âmbito de intervenção, juntando ao rastreio de VIH, o rastreio às hepatites B e C, prevalentes em alguns dos grupos mais vulneráveis à infeção pelo VIH.

Em Portugal, a iniciativa é organizada pelo GAT – Grupo de Ativistas em Tratamentos e pela Rede de Rastreio Comunitária, em parceria com 18 organizações da sociedade civil. Ao longo desta semana, será possível fazer o teste de VIH e hepatites virais em 30 locais em Portugal continental, geridos pelas 18 organizações da sociedade civil. Os testes são gratuitos, rápidos e anónimos.

Só fazendo o teste é possível conhecer o estatuto serológico para estas infeções. Atualmente, com um tratamento adequado é possível curar a infeção pela hepatite C. De igual modo, através de um tratamento precoce e eficaz para a infeção pelo VIH, é possível atingir carga viral indetetável, tornando assim o vírus intransmissível.

 

A situação na Europa

A “realidade inaceitável é que 30% a 50% dos 2,5 milhões de pessoas que vivem com VIH na Europa não sabem que são estão infetados pelo VIH; e 50% daqueles estão infetados são diagnosticados tardiamente, atrasando o acesso ao tratamento”, refere o GAT em comunicado. A Hepatite B e C afeta cerca de 28 milhões de pessoas que são amplamente subestimadas e subnotificadas. Devido à falta de sintomas estas doenças infeciosas são muitas vezes referidas como a epidemia silenciosa.

Isto significa que muitas pessoas não estão a fazer o teste antes de terem sintomas, o que pode acontecer porque existem barreiras ao teste, apesar de os benefícios do diagnóstico precoce estarem bem documentados.

O diagnóstico tardio do VIH e/ou hepatite B e C aumenta a propensão para complicações de saúde e a transmissão do vírus para outras pessoas, em ausência do tratamento. Pelo contrário, a maioria das pessoas que são diagnosticadas precocemente (logo após a infeção), e a quem são prescritos tratamentos antirretrovirais em tempo útil, podem viver uma vida saudável e ficarem também completamente livres do vírus se infetados com hepatite C.

 

Por Margarida Queirós

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