Está agendada para os dias 7, 8 e 9 de abril, a 8.ª edição do Congresso da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP). Nas palavras de Manuel Luís Capelas, presidente da APCP, “do ponto de vista científico, é o melhor Congresso que já organizámos”, trazendo a debate temas incontornáveis como “a sedação paliativa, a avaliação de resultados, o conceito de dignidade, e a integração do continuum de vida e na doença grave”.
O evento, que vai ter lugar no Centro de Congressos da Universidade Católica, em Lisboa, vai dar palco também a temas inovadores, como seja a “E-Health em Cuidados Paliativos”. Manuel Luís Capelas admite que a saúde eletrónica ainda não é uma realidade em Portugal, “mas a experiência internacional começa já a vir ao de cima com diversas publicações e estudos na área”. E acrescenta que “é uma forma de se fazer chegar os cuidados paliativos a todos os que precisam, mesmo em áreas geográficas mais remotas e quando há défice de recursos, onde Portugal é um exemplo”, o que justifica a importância de debater este tema num congresso sobre cuidados paliativos.
Manuel Luís Capelas, presidente da APCP
A conferência de abertura tem como tema “Increasing global access to Palliative care-extendig boundaries” e terá como oradora a reconhecida especialista em cuidados paliativos Julia Downing, professora, enfermeira e investigadora.
Formatos de debate interativos, como os “Encontros de Peritos” terão também lugar neste Congresso, onde se vão discutir temas com diferentes focos de interesse, desde assuntos mais específicos, como “Comunicação em Pediatria” e “Indicadores de qualidade e resultados económicos”, até temas mais transversais, como “Publicação de Artigos”, “Trabalho em Equipa” e “Fadiga por Compaixão”.
Mais de uma dezena de experts estrangeiros confirmados
Até ao momento são dezassete os especialistas internacionais com participação confirmada no Congresso. “Se fizermos uma pesquisa em bases de dados de publicações científicas os nossos convidados fazem parte dos que mais publicam em todo o mundo, na área dos cuidados paliativos. A sua presença, por um lado, dá credibilidade ao Congresso, aumenta o nível científico e constitui uma fonte de conhecimento inesgotável, no sentido de aprendermos e adequarmos os nossos cuidados ao que melhor se faz pelo mundo. Estamos, assim, a contribuir para a qualidade técnico-científica dos cuidados paliativos em Portugal.”, refere Manuel Luís Capelas. O presidente da APCP admite que este aspeto “representa um esforço financeiro enorme para a APCP”, mas sublinha que “essa é a nossa missão”.
Quando questionado sobre o que podem os portugueses aprender com os parceiros internacionais nesta área, Manuel Luís Capelas aponta a “experiência de muitos anos”, “as estratégias de resiliência”, “a capacidade para ultrapassar as dificuldades da investigação” e, ainda, a vontade para estabelecer “pontes para parcerias, as quais só o intercâmbio pessoal pode incrementar”.
O VIII Congresso Nacional de Cuidados Paliativos é dirigido a todos os profissionais de saúde e cidadãos com interesse na área, assim como a estudantes e docentes do ensino superior.
Pode aceder ao Programa ou fazer a sua inscrição AQUI.
Outras informações poderão ser consultadas no site da APCP, acessível AQUI.
Patrícia Rebelo
