X Encontro Holon: É urgente repensar o Serviço Nacional de Saúde!

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Opinião de Pedro Pires, Fundador das Farmácias Holon

A atual conjuntura económica nacional tem colocado uma inegável pressão sobre a eficiência do sistema de saúde, mas estamos convictos de que todos os profissionais de saúde, o farmacêutico incluído, podem acrescentar ainda mais valor, contribuindo desta forma para a sustentabilidade do Serviço Nacional de Saúde e para a garantia da qualidade dos medicamentos e dos cuidados que são prestados.

Este ano, no X Encontro Holon, dois mil farmacêuticos foram desafiados a repensar o Serviço Nacional de Saúde. 

É nosso objetivo mostrar a importância de se colocar a pessoa em primeiro lugar, melhorar o sistema de saúde português e aproximar todos os profissionais de saúde dos cidadãos.

A Conferência, que promovemos com o mesmo tema e que conta com a participação de diversas personalidades da área da saúde, permitiu explorar a discussão em torno da importância dos profissionais de saúde que, pelas suas competências específicas, estão capacitados para a disponibilização de soluções de saúde que respondem de forma efetiva às necessidades da sociedade em geral e do indivíduo em particular.

A visão das Farmácias Holon reforça a necessidade de um sistema de saúde verdadeiramente centrado no cidadão, atendendo ao novo paradigma da doença crónica.

A visão das Farmácias Holon reforça a necessidade de um sistema de saúde verdadeiramente centrado no cidadão, atendendo ao novo paradigma da doença crónica.

Em Portugal, mais de 50% das mortes anuais são causadas por doenças crónicas como a diabetes, cancro ou problemas respiratórios. Este é um paradigma de mortalidade claramente distinto do que se observava há décadas atrás, quando as doenças infeciosas assumiam uma relevância inquestionável.

A estrutura do SNS deverá assim estar orientada para as maiores epidemias do século XXI, nomeadamente as doenças crónicas não transmissíveis, devendo estas representar o seu eixo central de atuação.

Concretamente, defendemos que os farmacêuticos podem (e devem) promover a aproximação entre os resultados das terapêuticas medicamentosas na população real e os resultados calculados aquando da realização dos ensaios clínicos. Através de um maior controlo das patologias é possível evitar o recurso a intervenções mais onerosas para o sistema de saúde, e para o próprio cidadão.

Neste âmbito, também o estabelecimento de novos acordos e novas formas de articulação com os sistemas de saúde, quer públicos, quer privados, são indispensáveis.

Os serviços de saúde dos países devem incentivar os seus profissionais, estruturas e utentes a colaborarem no sentido de perpetuar a ausência de doença ou, por outras palavras, investir-se forte na prevenção.

Terão de ocorrer alterações organizacionais que facilitem este trabalho em equipa e é premente a valorização dos ativos que foram sendo desenvolvidos neste contexto, como o são as tecnologias de informação.

A riqueza de uma organização ou sociedade reside nas pessoas.

A riqueza de uma organização ou sociedade reside nas pessoas.

Cremos que o único caminho para uma discussão profícua e um plano de ação concreto, passa por envolver as pessoas que, todos os dias, contribuem para a melhoria do nosso SNS, com uma visão estratégica e novas formas de abordar as dificuldades.

Mas não basta falar de futuro. As pessoas precisam de soluções para as suas necessidades de hoje, e nós não nos podemos demitir do nosso desígnio enquanto estruturas de saúde de proximidade, que congregam profissionais altamente competentes. As farmácias têm um presente, e é neste presente que as Farmácias Holon estão a construir o seu Futuro.

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