Colaboração entre a saúde e o ensino superior permite combater as assimetrias na colocação de médicos especialistas

A Associação Nacional de Estudantes de Medicina (ANEM) considera que os resultados do concurso da segunda época de 2018 para a colocação de médicos especialistas no Serviço Nacional de Saúde (SNS), hoje conhecidos, reforçam a urgência de coordenar medidas políticas através do Ministério da Saúde e do Ministério da Ciência, Tecnologia e Ensino Superior com a devida antecipação.

A ANEM defende que é necessário aferir quais as medidas que promovem a prestação de cuidados de saúde adequada às necessidades da população em diversas regiões do país, ao mesmo tempo que definimos medidas atrativas de fixação de médicos nessas regiões e construímos uma formação capaz de suprir as necessidades evidenciadas.

Vasco Mendes, Presidente da ANEM, defende “um plano orientador e estruturado desde o início da formação médica até ao contacto médico-doente aquando da prestação de cuidados de saúde”, como forma de combater as assimetrias registadas na colocação de médicos especialistas. “Se o Governo pretende fixar os jovens médicos no SNS tem de fazer uma correta gestão dos recursos humanos na área da Saúde desde a sua formação, à sua retenção”, acrescenta.

“O problema não se trata na retenção de médicos no SNS uma vez que as regiões do Norte e Lisboa registam 70% e 60% de preenchimento, respetivamente”, defende Vasco Mendes. “O verdadeiro problema reside na sua correta alocação, pois existem regiões com péssimas taxas de preenchimento”, afirma o representante dos estudantes de medicina.

Na sequência das notícias recentes sobre a saída de médicos especialistas do SNS e no seguimento do apelo Ministra da Saúde para a fixação de médicos recém-especialistas em Portugal, a ANEM endereçou uma carta ao Ministério da Saúde, onde manifestou disponibilidade para dialogar, reiterando a necessidade de coordenar políticas e desenvolver medidas integradas entre as tutelas da Saúde e do Ensino Superior com a devida antecipação. O Presidente da ANEM assinala a resposta e o interesse genuíno do Ministério da Saúde na proposta da ANEM, que invocou a disponibilidade da tutela para articular, com os estudantes, futuras medidas de planeamento.

Vasco Mendes considera que “assim, estão reunidas as condições para começar a trabalhar esta questão com vontade de a resolver, de uma vez por todas. Foram agendados encontros e as nossas expectativas são elevadas. Temos esperança que esta reação signifique a mudança há muito esperada tanto para os estudantes como para os próprios cidadãos”, afirma.

O planeamento de recursos humanos na saúde é alvo de atenção por parte de representantes dos estudantes de Medicina das várias escolas médicas do país que defende, em uníssono, que “apenas será possível centrar os cuidados nas pessoas quando Portugal for capaz de prestar cuidados diferenciados, e de acordo com a necessidade a médio e longo prazo e não de acordo com a disponibilidade imediata”.

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