COVID-19: Lançada nova plataforma online para profissionais de saúde focada na diabetes

Com o objetivo de continuar a prestar os melhores cuidados aos diabéticos neste período de pandemia, a Sociedade Portuguesa de Endocrinologia, Diabetes e Metabolismo (SPEDM), a Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), o Núcleo de estudos da Diabetes Mellitus (NEDM) da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna e a Associação Portuguesa de Medicina Geral e Familiar (APMGF) uniram esforços para disponibilizar conteúdos online dedicados profissionais de saúde na plataforma COVID-19: a diabetes não para!.

A SPEDM já tinha a ideia na calha e, perante o aparecimento da atual pandemia, como explica o seu presidente, Davide Carvalho, consideraram ser “o momento de unir esforços” e desafiaram a SPD, o NEDM e a APMGF a integrarem o projeto. Assim, desde o início de abril que têm sido disponibilizados webinars que dão palco à apresentação de casos clínicos, sessões de atualização e de esclarecimento de questões-chave no contexto da prática clínica no âmbito da pandemia de COVID-19.

Embora tenha sido prevista inicialmente para três meses, “tendo em conta o sucesso do projeto e a adesão por parte dos colegas, neste curto período de tempo, provavelmente esta será uma iniciativa para continuar”, sublinha Davide Carvalho. E acrescenta: “É uma forma de todos nós, enquanto profissionais de saúde, estarmos mais próximos. Os webinars já disponíveis mostram a importância de termos equipas multidisciplinares no tratamento da diabetes. Já fazia falta um espaço destes, para que de forma aberta possamos debater temas atuais e indispensáveis para a prática clínica”.

O presidente da SPEDM avança ainda que a plataforma tem vindo também a evoluir e em breve terá uma zona de bibliografia, com acesso a artigos referentes às sessões que vão sendo colocadas na plataforma e, por outro lado, avança que “é possível que se possa vir a expandir para outras áreas afins”.

Esta foi, segundo Rui Nogueira, presidente da APMGF, “uma ideia muito pertinente, porque realmente a diabetes não para”. “Para nós, médicos de família, é essencial discutir estes temas, pois lidamos muito com a diabetes, uma patologia difícil por ter, geralmente, outras doenças associadas”.  “Acolhemos o projeto com bastante carinho, uma vez que são doentes que nos envolvem muito, e neste contexto epidémico que altera a nossa dinâmica de trabalho temos de encontrar soluções para atender às suas necessidades”, adianta.

Uma opinião partilhada por Estêvão Pape, presidente do NEDM, que realça: “Não é pelo facto de haver uma problemática como a COVID-19 que as organizações científicas que se dedicam a à diabetes vão parar, quer no seu contacto com a ciência, quer na sua ligação com os doentes”. Para este especialista, o intercâmbio entre as várias sociedades científicas e profissionais de saúde “é importante para aumentar o nível de conhecimento e tem sido muito proveitoso e dinâmico”.

“Numa altura em que os profissionais de saúde foram sobrecarregados, convinha uniformizar e disponibilizar informação para os profissionais de saúde de forma homogénea, isto porque em alturas de crise um dos fenómenos normalmente descrito é a oferta de muita informação que as pessoas não têm capacidade de processar nem de classificar”, refere João Filipe Raposo. Para o presidente da SPD, “se todas as sociedades e associações científicas multiplicassem a informação, que poderia ser repetida, e até contraditória, este seria um elemento de ruído e não de ajuda aos profissionais de saúde”. Daí a SPD ter “abraçado esta iniciativa, porque é exatamente isto que se pretende, transmitir informação clara e num formato acessível”.

Davide Carvalho aproveita para frisar que para avançarem com o projeto contaram com o patrocínio da Bial, que “não impôs qualquer restrição, havendo total liberdade na escolha dos temas”. Entretanto, como este laboratório lançou recentemente no mercado novas terapêuticas para o tratamento da diabetes, “que inclusive têm sido alvo de alguma controvérsia”, a organização decidiu promover uma sessão focada na dapagliflozina, que vai decorrer no dia 8 de maio, pelas 21h30”. “Além de ser um tema muito interessante para discussão, é uma forma de retribuirmos todo o apoio que têm dado a este trabalho”, remata.

Pode aceder-se à plataforma em www.diabetesnaopara.pt, bastando a inscrição como profissional de saúde para usufruir de todos recursos.

 

 

 

 

Por Marisa Teixeira

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