Crónica NeuroSer: Qual a importância da fisioterapia na doença de Alzheimer e outras demências?

A fisioterapia constitui uma das abordagens não farmacológicas envolvidas no tratamento da doença de Alzheimer e outras demências.

O principal objetivo da fisioterapia nestas patologias é manter a máxima funcionalidade e independência, de forma a facilitar as atividades de vida diária, durante o maior tempo possível e lidar com os problemas motores que possam surgir

Vários estudos têm-se focado na eficácia que a fisioterapia tem nesta população tão específica. Existem benefícios principalmente em três áreas-chave: cognição, capacidade física e atividades de vida diária.

Ao nível da cognição, destaca-se uma melhoria na fluência verbal. Está provado ainda que o exercício facilita o fenómeno de plasticidade sináptica e neurogénese no hipocampo, uma área importante para a aprendizagem e memória.

medicine-ball-1575315_1920O principal objetivo da fisioterapia nestas patologias é manter a máxima funcionalidade e independência, de forma a facilitar as atividades de vida diária

Verifica-se uma melhoria da capacidade física, em termos de resistência cardiovascular, melhoria do padrão de marcha, aumento da força muscular e melhoria no equilíbrio, o que facilita a segurança e o desempenho das actividades de vida diária, diminuindo assim a exigência do apoio dado pelos cuidadores.

A fisioterapia tem também um papel importante no apoio e ensino aos cuidadores e na prevenção e redução do risco de quedas, um dos fatores mais associados ao internamento hospitalar nestas patologias.

Revisão Clínica: Mariana Mateus

Referências bibliográficas:

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– Law, L. L. F., Barnett, F., Yau, M. K., Gray, M. A. (2014). Effect of combined cognitive and exercise interventions on cognition in older adults with and without cognitive impairment: A systematic review. Ageing Research Reviews, 15, 61-75.

– Farina, N., Rusted, J., Tabet, N. (2014). The effect of exercise interventions on a cognitive outcome in Alzheimer´s disease: a systematic review. International Psychogeriatrics, 26 (1), 9-18.

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