Estratégias de microeliminação e vontade política são o sucesso para a eliminação da infeção pelo vírus da hepatite C em Portugal

Amanhã, 22 de fevereiro, realiza-se, no Palácio do Freixo, no Porto, a reunião “A Saúde do Fígado, Populações Vulneráveis e a Inclusão”. Este encontro conta com o apoio do Serviço de Gastrenterologia do Hospital de São João e da Faculdade de Medicina da Universidade do Porto, tendo o patrocínio científico da Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado (APEF) e da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG).

A reunião “A Saúde do Fígado, Populações Vulneráveis e a Inclusão” insere-se no que a World Gastroenterology Organisation (WGO) Porto Training Center tem vindo a fazer ao logo dos anos: tornar o conhecimento dos médicos que trabalham com as doenças hepáticas mais inclusivos e, por inclusivo, entenda-se a capacidade de integrar conhecimentos de outras áreas para o tratamento das doenças específicas do fígado, muito particularmente aquelas em que a componente social está nitidamente envolvida.

“Estudos provam que as doenças do fígado podem ser veículos de exclusão social, mas também a exclusão social por si só pode ser um veículo para o aparecimento de doenças do fígado, o que confirma que é importante construir estratégias inclusivas que ajudem a acabar com esta causa-efeito e que nos ajudem a melhor compreender como o fazer”, refere Guilherme Macedo, presidente da reunião e diretor dos Serviços de Gastrenterologia do Hospital de São João.. “É importante compreendermos os aspetos sociais e antropológicos das doenças hepáticas na nossa sociedade e em particular ter um olhar mais incisivo para com aquelas que designamos como populações mais vulneráveis”, conclui.

As metas mundiais assumidas com a OMS para a eliminação da Hepatite C fazem de Portugal um exemplo positivo e as populações vulneráveis são um foco de extrema importância para aquele que é o objetivo final – a eliminação da infeção pelo vírus da hepatite C no mundo. Quando se olha especificamente para as populações vulneráveis, por um lado estamos a identificá-las e, por outro, a trazê-las para aquilo que é um acréscimo de responsabilidade para os médicos que promovem a acessibilidade, a proximidade e a oportunidade para tratar toda a gente.

Em Portugal, o somatório das múltiplas pequenas estratégias da microeliminação que estão a ser implementadas assim como o envolvimento político e administrativo irão conduzir, em breve, ao sucesso da eliminação da infeção pelo vírus da hepatite C, contudo os clínicos são a vanguarda desse movimento em relação à eliminação da hepatite C e não podemos nunca diminuir a sua responsabilidade.

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