José Mariz: “Urgências têm sido a solução para a maioria das falhas do nosso sistema de saúde”

Decorreu nos passados dias 1 e 2 de outubro, na Escola de Ciências da Saúde da Universidade do Minho, o II Congresso Nacional de Urgência, organizado pelo Núcleo de Estudos de Urgência e do Doente Agudo da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna.

 

Portugal é o país, segundo a Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico (OCDE), com mais atendimentos nos serviços de urgência per capita: mais de 70 em cada 100 portugueses foram admitidos numa urgência hospitalar, entre 2001 e 2011. Este padrão não se alterou em 2015, com cerca de sete milhões de idas ao serviço de urgência, num país que conta com 10 milhões de habitantes. Para José Mariz, responsável pela organização deste Congresso, «as urgências são uma porta aberta 24/24 horas e têm sido a solução para a maioria das falhas do nosso sistema de saúde.  As urgências devem ser bem compreendidas e isso passa por fomentar uma cultura de saúde. E esta, além de dever estar focada na prevenção, deve também focar o aspeto da adequação de cuidados e em perceber quem e quando necessita de um tratamento atempado, dedicado e urgente, no que respeita os Serviços de Urgência”.

Um dos temas em debate no Congresso foi a possibilidade de ser criada uma Via Verde para o doente crítico que deve ser atendido de forma prioritária, mas que não encaixa nas Vias Verde já existentes (AVC, Trauma, Sépsis).

A mesa dedicada “ao tempo dedicado à urgência – equipas dedicadas na urgência”, foi uma das mais polémicas por abordar uma questão que divide a classe médica. Nesta sessão foram debatidos os prós e contras sobre a criação de equipas dedicadas apenas ao trabalho de urgência, abrindo-se a discussão sobre a necessidade de existência, ou não, de uma especialidade de Medicina de Urgência.

“Sépsis – tempo de mudar conceitos” foi outro tema que gerou discussão, tendo em conta que algumas Vias Verde da Sépsis não têm funcionado da melhor forma em alguns hospitais do país.

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