Luís Tomé é o novo presidente da Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia

A Sociedade Portuguesa de Gastrenterologia (SPG) elegeu Luís Tomé, Diretor do Serviço de Gastrenterologia do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), para presidente da Direção do próximo biénio (2017-2019). A nova direção foi eleita em Assembleia Geral, realizada na Semana Digestiva 2017, que decorreu recentemente no Palácio de Congressos do Algarve.

Na tomada de posse, Luís Tomé fez votos para que no seu mandato a gastroenterologia “continue forte e pujante com o propósito de facultar a melhor assistência possível a toda a comunidade”. Fazem ainda parte da direção, como vice-presidentes Guilherme Macedo, Rui Tato Marinho e Pedro Amaro, e Miguel Bispo como secretário-geral.

No discurso inauguratório, o presidente começou por realçar o ceticismo com que encara o modo como é efetuado o rastreio do carcinoma colorectal no nosso país. O teste utilizado para pesquisa de sangue oculto das fezes possui características que não são conhecidas pelos gastroenterologistas o que, na sua opinião, tem consequências médico-legais imprevisíveis. Diz ainda estranhar que a DGS “seja muito parca em comentários a respeito deste assunto”.

Luís Tomé manifestou preocupação com a impossibilidade de conseguir garantir assistência conveniente aos portadores de doenças inflamatórias crónicas do intestino.

Luís Tomé manifestou preocupação com a impossibilidade de conseguir garantir assistência conveniente aos portadores de doenças inflamatórias crónicas do intestino: “o Ministério da Saúde já foi avisado de que não é possível continuar a atender esses doentes apenas nos hospitais públicos dado o número crescente de casos diagnosticados. O atendimento num ambiente privado encontra-se bloqueado pela dispensa hospitalar exclusiva de medicamentos indispensáveis ao tratamento desses doentes”.

Mostrou ainda muita preocupação pelas “condições absurdas com que a Administração Central do Sistema de Saúde (ACSS) deseja enquadrar a atividade dos gastroenterologistas, nomeadamente na sua vertente endoscópica. A ACSS pretende que os gabinetes de endoscopia sejam equiparados a salas de operações nas suas condições de ventilação e filtração. A ACCS mantém-se igualmente fiel a um fundamentalismo higiénico completamente despropositado”. Luís Tomé acentuou ainda, que “seria interessante saber o que pensam as autoridades da transplantação de fezes que se pratica cada vez com mais frequência nos Hospitais Portugueses”.

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