“Maio, Mês do Coração” dedicado à insuficiência cardíaca

A Fundação Portuguesa de Cardiologia apresentou ontem o programa das atividades que vão preencher o calendário de maio para assinalar o mês do coração, este ano dedicado à sensibilização sobre a insuficiência cardíaca. Rastreios, uma reunião científica, atividades desportivas, um torneio de golf, caminhadas e um peditório serão algumas das iniciativas que, durante o próximo mês, vão marcar a agenda em vários pontos do país.

Na cerimónia de lançamento de “Maio, Mês do Coração”, que teve lugar no Palácio da Foz, em Lisboa, foram ainda revelados os resultados do estudo “Os portugueses e a insuficiência cardíaca”.
A nível global, a insuficiência cardíaca afeta cerca de 26 milhões de pessoas e, em Portugal, cerca de 400 mil. Ainda assim, de acordo com este estudo promovido pela Fundação Portuguesa de Cardiologia e realizado pela GFK, verificou-se que a população não está devidamente esclarecida sobre esta patologia. “Numa amostra de 1215 inquiridos, ficou claro que, mediante sugestão, os portugueses sabem que devem procurar um médico na presença de sintomas de cansaço, pernas inchadas, dispneia. No entanto, de forma espontânea, conhecem muito pouco sobre a insuficiência cardíaca”, afirmou António Gomes, da GFK.

“Cuide da sua máquina”

“Cuide da sua máquina” é a campanha da Fundação Portuguesa de Cardiologia que pretende chamar a atenção da população portuguesa para os sintomas que habitualmente não são associados a problemas do coração e que são os primeiros sinais de alerta para a insuficiência cardíaca, como por exemplo dificuldade em respirar (dispneia); membros inferiores inchados devido à acumulação de líquidos; fadiga intensa; tosse ou pieira; náuseas e aumento de peso.
De acordo com Luís Negrão, cardiologista e coordenador do “Maio, mês do Coração” a insuficiência cardíaca é o estádio final do continuum cardiovascular e “o culminar da conjugação de múltiplos fatores de risco, nomeadamente a HTA e o enfarte agudo do miocárdio”.
Fruto, por um lado, do sucesso da Medicina cardiovascular, que permite que cada vez mais doentes sobrevivam a eventos como o enfarte agudo do miocárdio, mas, por outro, ao insucesso no controlo eficaz dos fatores de risco, prevê-se, para as próximas décadas, um aumento da insuficiência cardíaca.

De acordo com Luís Negrão, cardiologista e coordenador do “Maio, mês do Coração” a insuficiência cardíaca é o estádio final do continuum cardiovascular e “o culminar da conjugação de múltiplos fatores de risco, nomeadamente a HTA e o enfarte agudo do miocárdio”

“Frequentemente associada ao processo natural do envelhecimento, a patologia é muitas vezes desvalorizada, contudo, alertou Nuno Lousada, cardiologista do Hospital de Pulido Valente e administrador da Fundação Portuguesa de Cardiologia, “a letalidade aos cinco anos é mais elevada nos doentes com insuficiência cardíaca do que nos doentes com cancro da mama, da próstata ou do cólon”.
Segundo Manuel Carrageta, a insuficiência cardíaca aumenta entre seis a nove vezes o risco de morte súbita. “O coração entra num ritmo rápido caótico e deixa de bombear o sangue”, descreveu o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia, acrescentando que “a terapêutica médica contribui para o aumento da sobrevida dos doentes com insuficiência cardíaca, assim como os dispositivos médicos”. Todavia, na perspetiva de José Manuel Silva, o ideal “é não chegar a este estádio de evolução da doença cardiovascular”. Para tal, recomendou o Bastonário da Ordem dos Médicos, “é preciso apostar em força na prevenção, pois há uma série de fatores de risco modificáveis que dependem de nós e dos nossos estilos de vida”. Nomeadamente, “o sedentarismo, o tabagismo, o consumo de álcool, gorduras e açúcares”.
A mesma opinião foi partilhada por Francisco George que reforçou a importância de reduzir o consumo de sal no sentido de evitar o ciclo que dá origem à hipertensão e à insuficiência cardíaca. “Temos de começar nos mais jovens, com uma vigilância mais apertada das refeições que são servidas nas escolas; temos de substituir o sal pelas ervas aromáticas e, sobretudo, temos de produzir políticas de saúde que fomentem estilos de vida mais saudáveis”, sugeriu o Diretor-Geral da Saúde.

Segundo Manuel Carrageta, a insuficiência cardíaca aumenta entre seis a nove vezes o risco de morte súbita. “O coração entra num ritmo rápido caótico e deixa de bombear o sangue”, descreveu o presidente da Fundação Portuguesa de Cardiologia

Para mais informações sobre a campanha e sobre as iniciativas de “Maio, Mês do coração” consulte o site da Fundação Portuguesa de Cardiologia AQUI ou siga a resptiva página de facebook AQUI.

Cátia Jorge

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