Ricardo Santos sobre a construção da SPFT: “O que não nos desafia não nos transforma”

Expressando uma “natural emoção”, o presidente da Sociedade Portuguesa de Terapia da Fala (SPTF), Ricardo Santos, aproveitou a Cerimónia Oficial de Abertura do I Congresso Internacional da SPTF para refletir sobre o trabalho desenvolvido nos últimos dois anos na criação e desenvolvimento da Sociedade.

Reportando-se à conhecida máxima “o que não nos desafia não nos transforma”, o especialista contou que “a Sociedade foi um desafio desde o início” e revelou-se muito satisfeito com as metas alcançadas, nomeadamente com a realização da primeira reunião científica da SPTF. “Este é o maior congresso de Terapia da Fala na história da nossa profissão, com cerca de 400 participantes, e tivemos o maior número de trabalhos científicos submetidos (76)”.
“A vontade foi o que nos o que nos fez chegar até aqui”, rematou, citando Albert Einstein quando disse “há uma força motriz mais poderosa que o vapor, a eletricidade e a energia atómica: a vontade”. E acrescentou: “Não consigo entender porque as pessoas têm medo das ideias novas. Eu tenho medo das ideias antigas. Pior do que errar é não querer mudar e evoluir, respeitando a história e contributo de todos e de cada um de nós nela mesma”.

“Este é o maior congresso de Terapia da Fala na história da nossa profissão, com cerca de 400 participantes, e tivemos o maior número de trabalhos científicos submetidos (76)”, Ricardo Santos

Esta convicção motivou a criação da primeira sociedade científica na área das tecnologias da saúde, aproximando profissionais com interesse no desenvolvimento de atividades de cariz científico relacionadas com a Terapia da Fala. O Congresso é o espelho desta aproximação, congregando, no mesmo espaço, um conjunto de profissionais de diferentes áreas, reforçando assim a importância da interdisciplinaridade.

Num discurso emocionante com um sentimento de objetivo cumprido, não faltaram agradecimentos aos colegas de profissão e membros da SPFT, em especial aos que permitiram a realização do I CISPTF – Comissão Organizadora, Científica, de Honra e todos os parceiros que apoiaram este acontecimento. E deixou uma mensagem para a direção vindoura, que toma posse no próximo ano: “o meu maior desejo é que o trilho deixado por esta direção possa ser continuado em direções futuras”.

Na mesma cerimónia, Mário Andrea, médico de Otorrinolaringologia e Professor Jubilado da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, afirmou que “a voz ganhou visibilidade nos últimos anos, sendo um elemento fundamental na comunicação humana, desde a criança até à fase avançada da vida” e, neste contexto, “a Terapia da Fala está presente em todas as especialidades, começando pela Otorrinolaringologia, mas atravessando um pouco todas as áreas, desde a Dor orofacial, Estomatologia, Pneumologia, Gastrenterologia até à Nutrição e mesmo Ortopedia”. E acrescentou que “esta área está articulada com todas as outras e vai aprofundando o conhecimento de cada uma delas, melhorando ainda a qualidade do ato médico, tanto no que diz respeito à prática clínica como à vertente científica”, disse, felicitando a Comissão Organizadora pela adesão alcançada.

“O meu maior desejo é que o trilho deixado por esta direção possa ser continuado em direções futuras”, Ricardo Santos

O momento contou ainda com a presença de Joaquim Couto, presidente da Câmara de Santo Tirso e principal apoiante do Congresso e com Cláudia Barbosa, presidente da Sociedade Portuguesa de Disfunção Temporomandibular e Dor Orofacial, que salientaram, quer a excelência de um Congresso que se insere no guião das políticas sociais do município, quer a importância do trabalho em sinergia entre sociedades científicas, respetivamente.

Patrícia Rebelo

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