SNS – 37 anos de sobrevivência a “tensões e sensibilidades ideológicas”

No âmbito da cerimónia oficial do 37.º aniversário do Serviço Nacional de Saúde, que teve ontem lugar no auditório do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra, Manuel Delgado salientou o papel do SNS na melhoria dos principais indicadores de saúde a nível nacional, sem esquecer as dificuldades de gestão de “interesses” e “sensibilidades ideológicas” ao longo destes 37 anos de história. O Secretário de Estado da Saúde reforçou também a importância de manter pública a gestão das “áreas vitais” do SNS. A cerimónia foi ainda marcada por um breve discurso do Primeiro Ministro durante a homenagem a António Arnaut

Segundo Manuel Delgado, o SNS foi, no contexto das políticas públicas, “o modelo mais consequente e com melhores resultados” decorrente do processo de democratização do país, desde o 25 de Abril. Ainda assim, assumiu o Secretário de Estado da Saúde, não tem sido fácil gerir os “interesses e os momentos de tensão induzidos por sensibilidades ideológicas diferentes”. No entanto, “temos, felizmente, conseguido equilibrar esses interesses”, frisou.
Políticas à parte, Manuel Delgado reforçou a grande melhoria dos indicadores de saúde alcançada desde a criação do SNS, em 1979, pela mão de António Arnaut, na altura Ministro dos Assuntos Sociais. Portugal tem, neste momento, uma das mais reduzidas taxas de mortalidade infantil a nível global, uma realidade bem diferente da que se vivia há 40 anos.
Numa perspetiva mais académica, João Gabriel Silva adiantou que, apesar das dificuldades de sustentabilidade, o SNS tem de se transformar, cada vez mais, num “produto de conhecimento” que permita contribuir para a evolução da economia nacional. Na perspetiva do reitor da Universidade de Coimbra é também necessário que o SNS consiga atrair doentes, médicos e outros profissionais de saúde de outros países.

Defender o SNS através do seu desenvolvimento
Num breve discurso de homenagem a António Arnaut, o Primeiro Ministro classificou o SNS como “um dos maiores ganhos civilizacionais que a democracia nos deu”. Mas, “para defender o SNS não basta celebrá-lo ou praticá-lo, é preciso desenvolvê-lo e fazer o que ainda há por fazer”, adiantou António Costa, referindo-se ao desenvolvimento da rede de cuidados de saúde primários com a oferta de serviços na área da saúde oral e oftalmologia, mas também dos cuidados continuados, tendo em conta o aumento da esperança de vida dos portugueses.

“Lei do tabaco” com novas alterações
Também durante o dia de ontem teve lugar, em Coimbra, um conselho de ministros dedicado à saúde, no qual o Governo aprovou a inclusão de um conjunto de alterações à “lei do tabaco”, nomeadamente no que respeita à utilização de cigarros eletrónicos, assim como à exposição, publicidade e promoção do fumo.
À luz da proposta de lei aprovada pelo Conselho de Ministros, passa a ser proibido fumar em parques infantis e em zonas próximas das portas e janelas de estabelecimentos de saúde e de ensino.

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