Sociedade Portuguesa de Pneumologia alerta para riscos durante os incêndios e nos dias de calor

Através da Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia (SPP) divulgou um conjunto de medidas que ajudam a minimizar os riscos de complicações respiratórias, especialmente dirigida às pessoas que sofrem de patologias crónicas.

“A exposição prolongada a temperaturas elevadas é prejudicial à saúde, em geral, e, em particular, ao aparecimento ou descompensação das doenças respiratórias. A agudização de doenças respiratórias crónicas é frequente neste período, constatando-se também o aparecimento de doenças agudas, como as broncopneumonias, que não acontecem somente no Inverno”, esclarece a coordenação da Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC.

Vários estudos demonstram que, nos dias de calor excessivo, ocorre um aumento da mortalidade, sobretudo por doenças respiratórias e cardiovasculares. “Na época de Verão, principalmente nos dias de temperaturas muito elevadas, associada à poluição automóvel, é produzida uma grande quantidade de ozono (O3) que contribui para a descompensação das doenças respiratórias crónicas em ambientes urbanos”.

Já nos meios rurais, esta altura do ano é marcada por incêndios “que libertam grandes quantidades de poluentes com repercussões importantes na qualidade do ar e com consequências gravosas na saúde das populações expostas”.

“As partículas tóxicas presentes no fumo, dependendo do vento, podem dispersar-se a grande distância, podendo atingir povoações a 300 km. Sobretudo as partículas muito pequenas, penetram profundamente nas vias respiratórias e são potencialmente indutoras de lesão pulmonar”. O monóxido de carbono (CO), o dióxido de enxofre (SO2), o dióxido de nitrogénio (NO2) e o Ozono (O3) produzidos nos incêndios são responsáveis pela redução da qualidade do oxigénio que o pulmão fornece aos órgãos e tecidos do corpo, potenciando e agravando as doenças respiratórias, com o aparecimento de tosse, pieira, falta de ar, respiração acelerada, irritação do nariz, da garganta ou da traqueia.

Para prevenir complicações respiratórias nos dias de temperaturas mais elevadas e durante os incêndios, a Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC divulgou um conjunto de recomendações para a população.

10 Conselhos para minimizar os riscos respiratórios durante os incêndios:

  1. Proteja boca e nariz com máscara ou lenços húmidos.
  2. Permaneça no interior das habitações, mantendo as portas, janelas e tampas de lareiras fechadas. Se necessário, tapar frinchas existentes com panos molhados.
  3. Utilize sistemas de purificação de ar, se os tiver. Se tem ar condicionado, deve acionar a opção de recirculação de ar (não utilize aparelhos elétricos se o incêndio é na sua habitação ou no seu prédio. Nesse caso, saia imediatamente da habitação).
  4. Se precisar de ir para a rua, numa zona com fumo, utilize um pano molhado para tapar o nariz e a boca.
  5. Se a temperatura estiver muito elevada dentro de casa e se não tiver ar condicionado, procure outro abrigo ou tente ser evacuado para uma zona com menos fumo.
  6. Se permanecer em casa, não fume, não acenda velas nem qualquer aparelho que funcione a gás ou a lenha. Evite tudo o que puder aumentar a poluição dentro de casa.
  7. Se tem de atravessar de carro uma zona com fumo, mantenha as janelas e os ventiladores fechados. Se o carro tiver ar condicionado, ligue-o em recirculação.
  8. Perante uma atmosfera com fumo, respire devagar, controle-se e não entre em pânico.
  9. Deve ter consigo a medicação de socorro (SOS) e usá-la, caso necessário. Se tiver ou mantiver as queixas, deve recorrer ao médico ou ao serviço de urgência mais próximo.
  10. As pessoas que sofrem de doença grave ou de outra situação que as debilite nas situações de calor, não devem colaborar no combate aos incêndios.

5 Conselhos para os dias de temperaturas elevadas

  1. Evite permanecer no exterior e exposto ao sol, sobretudo entre as 11 e as 17 horas.
  2. Use roupas frescas e largas, sem grande exposição da superfície corporal ao sol. Opte por tecidos naturais, como algodão, e cores claras. Tecidos sintéticos não são recomendados.
  3. Hidrate-se bem (atenção às crianças e aos idosos): beba sobretudo água ou sumos de fruta natural, bebendo mesmo sem ter sede, evite bebidas alcoólicas, gaseificadas, com cafeína, ricas em açúcar ou quentes.
  4. Faça atividade física com reservas e nunca se esqueça da hidratação: os exercícios devem ser feitos em horários com menos intensidade de radiação e em local fresco e deve tentar sempre repor os sais minerais e o sal.
  5. Esteja atento aos sintomas de agudização de doença crónica de que sofra: tome diária e corretamente a sua medicação, siga os conselhos do seu médico e consulte-o se houver agravamento das queixas.

 

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