Novos desafios em Oncologia

Realizou-se no dia 16 de março, no Hotel Olissippo Oriente, em Lisboa, um evento científico dedicado ao tema “Novos desafios em Oncologia”. No âmbito desta reunião, que juntou radioncologistas de todo o país, o Raio-X partilha um artigo de opinião de Paulo Costa, coordenador clínico do Departamento de Radioterapia Dr. Júlio Teixeira, do Instituto CUF Porto, que aborda a doença oncológica e as novas estratégias de tratamento.

image001A abordagem da doença oncológica tem evoluído de forma acentuada nos últimos anos. Como resultado do maior conhecimento dos mecanismos subjacentes á sua génese e da evolução tecnológica nesta área, podemos hoje integrar novos conceitos e soluções terapêuticas na forma de tratar esta doença.

São exemplos desta nova atitude a Hipertermia,e a Radiocirurgia Estereotáxica (SRS).

Em função do enquadramento clínico, a hipertermia tem vindo a afirmar-se como uma estratégia a considerar na abordagem do doente oncológico. Consignada em algumas áreas de patologia como parte integrante das guidelines de tratamento oncológico, acrescenta mais-valias na estratégia multidisciplinar de abordagem terapêutica oncológica.

De igual forma a Radiocirurgia Estereotáxica (SRS) como opção de tratamento na abordagem da doença oncológica tem vindo a evoluir ao longo das últimas décadas.

Aliando uma precisão topográfica submilimétrica á total ausência de invasividade na realização do tratamento, esta modalidade terapêutica tem vindo adquirir uma importância crescente numa estratégia multidisciplinar de abordagem da doença oncológica integrando-se nos novos conceitos de tratamento da doença oligometastática. e de imuno-modulação da resposta anti-tumoral por parte do hospedeiro.

A possibilidade de realizar uma radioterapia de elevada precisão com diminuição marcada das toxicidades associadas a este tratamento permite ultrapassar as limitações clássicas, que no passado estavam invariavelmente associadas á impossibilidade de re-tratamento, em função da localização anatómica ou da proximidade a estruturas críticas.

Assim torna-se possível encarar novas estratégias de tratamento em que anteriormente a cirurgia minimamente invasiva ou outras formas de radioterapia não seriam opções válidas de tratamento.

A par dos últimos estudos na área da oligometastização onde a SRS desempenha um papel determinante nos resultados obtidos, têm vindo a ser conhecidos alguns mecanismos subjacentes aos efeitos imunológicos provocados pela radioterapia.

São exemplos deste último mecanismo o efeito “abscopal” de mediação imunológica rádio-induzida. A associação deste tratamento a inibidores do CTLA-4 e do complexo PD1/PDL1 tem vindo a ser investigado como muito promissor neste contexto, deixando antever um papel estratégico da SRS na abordagem terapêutica multidisciplinar da doença oncológica.

Ao juntarmos neste evento um grupo de especialistas com vasta experiência nestas áreas pretendemos partilhar experiências, debater ideias quanto ás novas estratégias de tratamento em Oncologia e apontar direcções para uma integração multidisciplinar crescente na abordagem terapêutica do doente oncológico.

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