Desafios da doença alérgica na prática clínica
Arranca já no próximo dia 15 de abril, a 5.ª edição da Reunião Anual de Imunoalergologia do Hospital de Dona Estefânia, este ano dedicada aos “Desafios da doença alérgica na prática clínica”. Em declarações ao Raio-X, Paula Leiria Pinto apontou o subdiagnóstico, o subtratamento e a ausência de controlo da doença alérgica como as principais preocupações da prática clínica de quem, no seu dia-a-dia, se dedica à abordagem dos doentes alérgicos.
Segundo a presidente da Reunião, “o enfoque vai incidir na discussão das estratégias a adotar no diagnóstico e na monitorização do tratamento do doente com suspeita de alergia, realçando-se a importância do reconhecimento precoce da doença alérgica e seu controlo, assim como a prevenção no futuro, da ocorrência de possíveis complicações”.
Dentro dos temas com maior complexidade que estarão em debate na reunião, a imunoalergologista do Hospital de D. Estefânia destaca as “Particularidades da asma brônquica: gravidez, exercício físico e anti-inflamatórios não esteroides (AINE)” e “A patologia imunoalérgica cutânea: urticária e eczema atópico”.
Com a abordagem preconizada, a especialista acredita que é possível reduzir o impacto das doenças alérgicas em termos de morbilidade, assim como o recurso aos serviços de saúde, promovendo um maior controlo da doença e uma melhor qualidade de vida de todos aqueles que sofrem com as alergias.
Dentro dos temas com maior complexidade que estarão em debate na reunião, a imunoalergologista do Hospital de D. Estefânia destaca as “Particularidades da asma brônquica: gravidez, exercício físico e anti-inflamatórios não esteroides (AINE)” e “A patologia imunoalérgica cutânea: urticária e eczema atópico”
Ainda no que respeita ao programa científico da reunião, Paula Leiria Pinto chama a atenção para o workshop dedicado ao diagnóstico in vitro da alergia, no qual “serão discutidas questões de índole prática, tais como os exames que devem ser solicitados, qual o melhor modo de efetuar os pedidos, como interpretar os resultados e as limitações dos diferentes tipos de exame, em termos de sensibilidade e especificidade”.
A terapêutica inalatória será também tema de um dos workshops práticos até porque “é a via principal de administração de medicamentos na asma e a eficácia da terapêutica está dependente do uso correto dos dispositivos de inalação”. Por este motivo “é essencial formar os profissionais de saúde de modo a que fiquem habilitados a ensinar e a capacitar os doentes no uso adequado dos dispositivos de inalação”.
Com a abordagem preconizada, a especialista acredita que é possível reduzir o impacto das doenças alérgicas em termos de morbilidade, assim como o recurso aos serviços de saúde, promovendo um maior controlo da doença e uma melhor qualidade de vida de todos aqueles que sofrem com as alergias
“É prioritário melhorar e atualizar a rede de referenciação”
Relativamente à sessão sobre gestão económica, Paula Leiria Pinto refere como principais entraves estruturais a deficiente articulação entre os cuidados de saúde primários e os cuidados hospitalares, “apesar dos avanços positivos relativamente recentes em termos de partilha de informação”, assim como “as desigualdades geográficas no acesso aos cuidados médicos especializados”. Neste contexto, salientou que é prioritário melhorar e atualizar a rede de referenciação de Imunoalergologia e implementar consultadoria presencial em Unidades de Saúde Familiar, criteriosamente selecionadas.
Patrícia Rebelo e Cátia Jorge