“Por dia, 16 portugueses morrem por pneumonia”

“A pneumonia por outros números” foi o tema que hoje juntou um grupo de jornalistas, ao pequeno almoço, para ouvir Filipe Froes apresentar os números nacionais referentes às pneumonias.

Com base num estudo que envolve dados entre 2000 e 2009, em Portugal Continental, uma média de “81 pessoas são internadas, por dia, devido a uma pneumonia, 16 das quais vão falecer. A cada quatro dias e meio, os custos diretos das pneumonias são de um milhão de euros”, afirmou o pneumologista do Centro Hospitalar de Lisboa Norte que, desde que, aos 40 anos, sofreu uma pneumonia grave, decidiu interessar-se mais afincadamente por este grupo de patologias.

O consultor da Direção-Geral da Saúde para as questões relacionadas com as pneumonias e com a vacinação adiantou ainda que, apesar de terem uma incidência mais elevada na população com idade superior a 65 anos, as pneumonias “também afetam e podem matar indivíduos jovens, saudáveis e imunocompetentes”. Exemplo disso foi a mortalidade em pessoas jovens, reportada em 2009, numa altura em que pneumonias muito graves surgiram na sequencia da estirpe gripal H1N1.

Nesses casos, explicou, “a gravidade da doença está mais relacionada com o próprio hospedeiro que, tratando-se de uma pessoa jovem e saudável, acaba por desencadear uma resposta imunitária mais agressiva”. Em primeiro lugar porque “não tem memória imunitária de contacto prévio com esta estirpe muito comum na década de 50 e, portanto, tem menos proteção, depois porque faz parte de uma população que não faz vacinação antigripal e antipneumocócica”, esclareceu.

Assista aqui às declarações de Filipe Froes e anote as várias medidas que podem contribuir para a prevenção das pneumonias que, em Portugal, continuam a ser a principal causa de mortalidade respiratória, de acordo com o relatório da Direção Geral da Saúde – Portugal Doenças Respiratórias em números 2015 -, apresentado no mês passado.

Cátia Jorge

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