Taxa de sobrevivência do cancro do pulmão poderá duplicar nos próximos cinco anos
Por ano, cerca de 4 000 portugueses são diagnosticados com cancro do pulmão, a 4.º doença oncológica com maior incidência. No âmbito do Dia Mundial Contra o Cancro, que se assinala a 4 de fevereiro, terá amanhã lugar uma conferência, no Pavilhão do Conhecimento sobre Novas Terapêuticas no Carcinoma do Pulmão.
Inspired Evolution – Novas Terapêuticas no Carcinoma do Pulmão é o tema da conferência que a farmacêutica Roche vai organizar amanhã e que vai reunir cerca de 100 especialistas nacionais e internacionais, com o objetivo de debater as novas terapêuticas para o cancro do pulmão.
Em Portugal, o cancro do pulmão é a quarta doença oncológica com maior incidência, logo a seguir do cancro da mama, próstata e colo-retal. A nível nacional registam-se cerca de 4.000 novos casos por ano, sendo este o tipo de tumor responsável pela maior taxa de mortalidade de causa oncológica. No entanto, face ao aparecimento de novas opções terapêuticas, sobretudo para o cancro do pulmão de células não pequenas, os especialistas acreditam que esta realidade esta a mudar e que taxa de sobrevivência poderá duplicar nos próximos cinco anos.
“Em Portugal, o cancro do pulmão é a quarta doença oncológica com maior incidência, logo a seguir do cancro da mama, próstata e colo-retal. A nível nacional registam-se cerca de 4.000 novos casos por ano, sendo este o tipo de tumor responsável pela maior taxa de mortalidade de causa oncológica“
Esse feito tem sido conseguido graças à constante investigação e procura de soluções terapêuticas inovadoras e personalizadas ao encontro da chamada Medicina de Precisão. Exemplo disso são as terapêuticas-alvo dirigidas a moléculas mutadas nas células cancerígenas e a imunoterapia através da qual o sistema imunitário é estimulado, detetando e destruindo as células neoplásicas com maior eficácia.
Segundo Fernando Barata, Presidente do Grupo de Estudos do Cancro do Pulmão, «estas novas terapêuticas são realmente uma viragem no tratamento desta doença, cuja taxa de sobrevivência a cinco anos se situa apenas nos 15% a 18%». Acrescenta ainda que «para tal contribui o facto, do cancro do pulmão ser muitas vezes um cancro assintomático e os doentes chegarem aos especialistas já em estadio avançados e com metástases».