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A internet como fonte de informação

A internet como fonte de informação

Atualmente, estima-se que a Internet tenha mais de 3 mil milhões de utilizadores. Entre as várias possibilidades de utilização oferecidas pela Internet, o recurso à Internet como fonte de informação sobre saúde tem sido uma tendência que se começou a instalar, e que hoje já deu origem ao termo “Dr.Google”.

A Internet como fonte de informação sobre saúde permite às pessoas obterem conteúdos adicionais aos que são proporcionados pelos médicos, quer por uma questão de insatisfação com o que lhes foi proporcionado ou por uma perceção de uma necessidade de obterem mais informações ou ainda, para poderem comparar informações recolhidas em vários meios e profissionais de saúde. Permite ainda o acesso a conteúdos mais facilmente atualizados, como um diagnóstico, sintomas, tratamentos e terapêuticas para uma determinada doença, preparação para cirurgias e identificação de questões para colocar aos profissionais de saúde.

Devido a esta necessidade gerada pelos internautas, observou-se uma proliferação de sites onde os utilizadores podem criar e dinamizar o seu próprio conteúdo numa variedade de plataformas de informação, o que provocou o desenvolvimento não-ordenado e não-planeado de inúmeras páginas web, com informação de todo o tipo, não necessariamente científica ou validada por profissionais de saúde.

Neste contexto, a utilização da Internet apresenta algumas limitações além da qualidade da informação, como falta de fiabilidade, confidencialidade, privacidade e segurança, ou acesso desigual e dificultado por desafios de navegação devido a inúmeras caraterísticas de design (por exemplo, desorganização, linguagem técnica e falta de permanência).

“A utilização da Internet apresenta algumas limitações além da qualidade da informação, como falta de fiabilidade, confidencialidade, privacidade e segurança, ou acesso desigual e dificultado por desafios de navegação devido a inúmeras caraterísticas de design (por exemplo, desorganização, linguagem técnica e falta de permanência)”

As novas tecnologias exigem por isso um grau de literacia adequado possibilitando a capacidade de identificar, compreender, interpretar, criar, comunicar, avaliar a informação e as suas fontes de uma forma critica, incorporar essa informação na sua base de conhecimento, utilizá-la para atingir os seus objetivos específicos e compreender as dimensões económicas, legais, sociais e éticas que condicionam o seu uso.

Enquanto deputados da Comissão de Tecnologias de Informação do Parlamento da Saúde vamos continuar a acompanhar este tema da literacia digital e a explorar possíveis mecanismos de monitorização e melhoria da qualidade da informação disponível na internet.

 

Os deputados: André Peralta Santos, Andreia Garcia, Elisabete Durão, Guida Jesus, João Gregório, João Moreira Pinto, Lourenço Oliveira, Mário Amorim Lopes, Nelson Pinho, Rita Veloso, Sofia Couto Rocha

Grupo de Trabalho da Comissão de Tecnologias de Informação em Saúde do Health Parliament Portugal