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22.º Congresso da APTEC assinala 30.º aniversário da Associação

22.º Congresso da APTEC assinala 30.º aniversário da Associação

De 31 de março a 2 de abril vai decorrer, em Évora, o 22º Congresso Português de Cardiopneumologia, organizado pela Associação Portuguesa de Cardiopneumologistas (APTEC) que, este ano, comemora 30 anos. Em declarações ao Raio-X, Gil Nunes desvenda alguns dos temas que serão abordados neste congresso no qual são esperados cerca de 300 participantes. O presidente do Congresso descreve ainda o papel do cardiopneumologista em áreas como a patologia cardiovascular, cerebrovascular e respiratória.

 

Raio-X (RX) – Quais as principais áreas patológicas em que a cardiopneumologia atua?

Gil Nunes (GN) – A Cardiopneumologia desenvolve atividades inerentes ao estudo morfo-funcional e fisiopatológico dos sistemas cardiovascular, cerebrovascular e respiratório, no plano do diagnóstico, terapêutica e reabilitação contribuindo para a promoção da saúde e prevenção da doença.

 

RX – Este congresso assinala os 30 anos da APTEC, quais as principais evoluções técnicas que a especialidade atravessou ao longo destas três décadas?

GN – Antes de mais, o cardiopneumologista não é um profissional médico, mas sim da Área de Tecnologias de Diagnóstico e Terapêutica, que desenvolve a sua prática nas áreas já supracitadas.

Sendo a Cardiopneumologia um dos pilares dos Sistemas de Saúde, esta claramente se manteve em paridade com a evolução técnico-científica dos últimos 30 anos. As técnicas associadas à sua prática utilizam tecnologias de ponta nos dias de hoje na Cardiologia, Pneumologia, Neurologia, Cirurgia Cardiotorácica, Angiologia e Cirurgia Vascular.

 

 RX – O avanço das técnicas no âmbito da Cardiopneumologia tem dado um contributo relevante para o diagnóstico e terapêutica?

GN – Sim, o avanço de técnicas transversalmente tem contribuído para o correto diagnóstico na respetiva área de atuação.

RX – Essas técnicas exigem uma permanente atualização dos profissionais. A subespecialização é também uma realidade nesta área?

GN – Sim, não consideramos uma subespecialização mas sim uma especialização em cada área de intervenção do Cardiopneumologista.

 

RX – Quais os temas do programa científico deste ano que merecem maior destaque?

GN – Foi elaborado um amplo programa científico, enviado em anexo, dando ênfase a temáticas das quais se destaca:

–  O painel de discussão designado por “Direito, responsabilidade e Cardiopneumologia” com a especial participação do advogado Francisco Teixeira da Mota, onde serão abordadas diversas temáticas em torno da segurança do doente e responsabilidade civil;

– A certificação europeia e o reconhecimento dos Cardiopneumologistas nas vastas áreas de especialização;

– A importância dos Cuidados de Saúde Primários, “considerados a porta de entrada do cidadão na saúde”, os projetos a decorrer e o que ainda se pode otimizar, abordando o tema “Reforma do Estado nos Cuidados de Saúde Primários”, pelo Dr. João Rodrigues, da Associação Nacional das Unidades de Saúde Familiar.

 

RX –  A que grupos de especialistas se destina?

GN – Destina-se essencialmente a Cardiopneumologistas e estudantes de Cardiopneumologia/Fisiologia Clínica.

 

RX – Quantos participantes são esperados?

GN – 300 participantes salientando a presença de convidados estrangeiros e profissionais de outras áreas profissionais.

 

Por Cátia Jorge