Alergologia Respiratória junta ciência e desporto no mesmo fim-de-semana
Teve lugar, em Lisboa, no passado dia 6 de maio, a reunião da Comissão de Trabalho de Alergologia Respiratória da Sociedade Portuguesa de Pneumologia, este ano dedicada aos diagnósticos diferenciais da asma, às múltiplas comorbilidades, e a algumas situações particulares como a asma na gravidez, a asma ocupacional e a asma e o desporto.
A reunião juntou dezenas de pneumologistas interessados nesta área, assim como jovens internos da especialidade de todo o país. Segundo Filipa Todo Bom “este ano decidimos fazer uma reunião um pouco mais prática, dirigida a assuntos que nos surgem no dia-a-dia. O objetivo destas reuniões é fazer uma atualização de conhecimentos que possa beneficiar a prática clínica dos participantes”. Por outras palavras, explicou a coordenadora da Comissão de Trabalho de Alergologia Respiratória, “discutimos aqui situações comuns e desafiantes da nossa atividade clínica que nem sempre são fáceis de gerir. Esta partilha de experiências e de conhecimentos ajuda-nos, por vezes, a tomar uma decisão clínica quando estamos diante de situações semelhantes”.
Corra com a Asma
No dia seguinte, 7 de maio, mais de 100 pessoas aceitaram o desafio da CTAR e juntaram-se no Parque das Nações para uma manhã de domingo desportiva, onde não faltou uma corrida ou caminhada de cerca de 4 km, uma animada aula de zumba e uma sessão de yoga.
“Com esta iniciativa pretendemos desmistificar a ideia de que a asma é um impedimento à prática de exercício físico”, explicou Filipa Todo Bom. “Infelizmente, ainda há muitos mitos em relação ao desporto e as pessoas limitam-se no seu dia-a-dia porque têm asma e têm medo que o exercício vá desencadear uma crise”
“Com esta iniciativa pretendemos desmistificar a ideia de que a asma é um impedimento à prática de exercício físico”, explicou Filipa Todo Bom. “Infelizmente, ainda há muitos mitos em relação ao desporto e as pessoas limitam-se no seu dia-a-dia porque têm asma e têm medo que o exercício vá desencadear uma crise”, acrescentou a pneumologista. No entanto, “não há qualquer impedimento, os doentes podem e devem praticar exercício físico, inclusivamente de alta competição”. Basta que tenham a doença bem controlada e que tenham alguns cuidados antes e depois da pratica desportiva. “Convém falarem com o seu médico para saberem que tipo de medicação podem usar e ter alguns cuidados que são comuns a todos os asmáticos, desde logo identificarem os fatores desencadeantes de crises e evitarem a exposição aos alergénios que lhes causam reação alérgica”.
Independentemente do grau de gravidade da asma, “o nosso objetivo é que o doente alcance um bom controlo dos sintomas e que seja capaz de fazer a sua vida sem limitações. Se praticar exercício físico regular vai ganhar capacidade muscular e respiratória”, sublinhou.
Veja aqui o vídeo da reunião de dia 6 de maio e à iniciativa Corra com a Asma, de dia 7 de maio: