Cancro da mama: personalizar a terapêutica para otimizar os resultados
A inovação no tratamento do cancro da mama, os novos medicamentos e as novas indicações – com resultados já comprovados – vão, na opinião da Dr.ª Helena Gervásio, moderadora da sessão, protagonizar já algumas modificações no tratamento, junto dos doentes.
A abordagem terapêutica é dos parâmetros mais importantes a pensar e discutir com os pares, na opinião da médica. A Prof.ª Doutora Sofia Braga, a quem pertencia o conteúdo da sessão, optou por incluir na conversa os vários cancros da mama: tumores triplo negativos, tumores HER+, tumores HER- e os tumores hormonais. O tumor triplo negativo foi considerado pela Dr.ª Helena Gervásio como um dos temas importantes a ser debatidos: “neste cancro estamos a dar os primeiros passos, na multidivisão que tem o tumor triplo negativo e aqui também com novas drogas em determinados subtipos do triplo negativo”.
Esta é, aliás, a novidade que está mais em foco, e dois aspetos jogam para que isso aconteça: o conhecimento recente sobre este cancro e as novas drogas. Para além disso, devem ser debatidos os custos destas terapêuticas inovadoras pois uma vez que o cancro da mama tem uma alta incidência, isso gera grandes custos hospitalares.
Diretamente interligada com esta questão, está a da personalização do tratamento pois “a terapêutica cada vez mais personalizada é o grande sucesso da nossa medicina”.
Segundo a coordenadora de oncologia do Hospital CUF Viseu, é também importante começar a debater o uso dos medicamentos biossimilares. Desde que tenham demonstrado a mesma eficácia nos ensaios clínicos (e permitam o mesmo sucesso no tratamento), há determinadas substâncias que já podem ser substituídas por outras biologicamente idênticas, que têm a vantagem de ser mais baratas.
Prof.ª Doutora Sofia Braga, Dr.ª Helena Gervásio, Dr.ª Noémia Afonso