Cardiologista Hélder Pereira é o novo coordenador da “Stent Save a Life” na Europa e na Rússia
Hélder Pereira, Diretor do Serviço de Cardiologia do Hospital Garcia de Orta, em Almada, é o novo coordenador da iniciativa “Stent Save a Life” (SFL) na Europa e na Rússia, que tem como objetivo reduzir a mortalidade por enfarte agudo do miocárdio. O cardiologista foi convidado depois da iniciativa ter deixado de abranger apenas países europeus e se ter tornado global, com a integração de outros países da América Latina, África e Ásia.
“A globalização veio mostrar o sucesso do SFL e significa para nós um grande desafio, já que o projeto congrega, agora, realidades muito diferentes: desde países em que a maioria dos doentes não é reperfundido, a outros em que ainda só se usa a estreptoquinase, ou em que a taxa de revascularização por Angioplastia Primária (P-ICP) é superior a 90%”, disse o cardiologista, que não tem dúvidas que a experiência de países que já se encontram numa fase mais avançada deste processo, como é o caso de Portugal, será de grande utilidade para aqueles que ambicionam melhorar o tratamento do enfarte.
Portugal integrou o projeto em 2011 com o intuito de melhorar a performance nacional em P-ICP. Passados cinco anos o balanço da iniciativa é, segundo Hélder Pereira, positivo, mas ainda se mantem a importância de programas como o ‘NÃO PERCA TEMPO. SALVE UMA VIDA’. O cardiologista referiu também que “Portugal tem sido indicado como um exemplo na implementação de uma iniciativa desta natureza e assim desejamos continuar”.
A iniciativa Stent Save a Life, antes designada por Stent for Life, começou por ser um projeto europeu lançado pela European Association of Percutaneous Cardiovascular Interventions (EAPCI) da Sociedade Europeia de Cardiologia em 2009. Em maio de 2017, tornou-se global, passando a integrar países da América Latina, África e Ásia.
O Stent Save a Life visa assegurar que os doentes com enfarte agudo do miocárdio com supra ST têm acesso ao tratamento indicado, a angioplastia primária, reduzindo as assimetrias regionais e melhorando o prognóstico destes doentes.