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SPP lança vídeo de sensibilização para o diagnóstico precoce de DPOC

SPP lança vídeo de sensibilização para o diagnóstico precoce de DPOC

Na sequência do Dia Mundial da Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC), assinalado no passado dia 15 de novembro, a Sociedade Portuguesa de Pneumologia, através da sua Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC, lança agora um vídeo de sensibilização dirigido especificamente à população fumadora que apresente já sinais obstrutivos das vias aéreas.

 

“Todo o indivíduo com 40 ou mais anos de idade, fumador, com tosse, expetoração e/ou falta de ar com as atividades do dia-a-dia, deve consultar o seu médico para avaliar se tem DPOC. A presença destes sintomas num fumador implica a realização de uma espirometria”, explicam as coordenadoras da Comissão, Inês Gonçalves e Ana Sofia Oliveira. Quanto mais cedo for feito o diagnóstico mais se evitam as exacerbações e hospitalizações e se reduz os custos com ganhos para o SNS.

A Doença Pulmonar Obstrutiva Crónica (DPOC) é comum em Portugal, afetando cerca de 14,2% da população com 40 ou mais anos de idade, de acordo com estimativas do estudo BOLD (Burden of Obstructive Lung Disease). A taxa de subdiagnóstico é ainda extremamente elevada, o que significa que muitos doentes ainda não sabem que têm DPOC. Com o objetivo de alertar para a importância do diagnóstico precoce que a SPP lança este vídeo de sensibilização, que tem como mensagem Não Vire as Costas à DPOC. 

Tosse, cansaço e falta de ar são sintomas que os doentes tendem a desvalorizar e a atribuir a outras causas, nomeadamente ao tabaco e ao envelhecimento. “Se têm falta de ar, preferem andar de carro mesmo que seja uma distância muito curta, preferem andar de elevador mesmo que seja um único andar, evitam brincar com os filhos ou os netos para evitar fazer esforços para não se cansarem. Evitam atividades familiares e sociais com perda gradual de qualidade de vida. Infelizmente muitos só tomam consciência do problema quando são internados”, alertam as Dras. Inês Gonçalves e Ana Sofia Oliveira.

Abandonar os hábitos tabágicos, fazer a medicação diariamente conforme indicação médica, manter atividade física diária e evitar infeções respiratórias (fazendo as vacinas para evitar as gripes e pneumonias) são as recomendações da Comissão de Trabalho de Fisiopatologia Respiratória e DPOC para um controlo dos sintomas e para uma melhor qualidade de vida.

“Fazendo o tratamento diariamente, de forma regular e correta, o doente consegue ter os seus sintomas controlados, ou seja, menos tosse, expetoração, cansaço e falta de ar. Por consequência existirá melhoria na qualidade de vida e menor número de descompensações, o que implica menor número de idas aos Serviços de Urgência e internamentos. Infelizmente os internamentos por DPOC estão associados a elevada mortalidade”, descrevem as especialistas.