12º Congresso Português do AVC: “verdadeiramente multidisciplinar, onde todos aprendem com tudo”
A poucas semanas da 12.ª edição do Congresso Português do AVC, considerado “o grande fórum nacional da doença vascular cerebral”, onde o AVC se inclui, a Sociedade Portuguesa de AVC informa que as inscrições para o evento, que acontece no próximo dia 1, 2 e 3 de fevereiro, estão abertas até ao dia 28 de janeiro.
O presidente da Comissão Científica do 12.º Congresso Português do AVC, Prof. José Ferro, destaca a multidisciplinariedade do encontro, sublinhando que “este Congresso é dirigido a todos os profissionais de saúde que lidam com os doentes que sofrem AVC, desde os clínicos gerais aos internistas, neurologistas, neurorradiologistas, neurocirurgiões, médicos de Medicina Física e Reabilitação, técnicos de reabilitação, técnicos de diagnóstico de doppler e de Imagiologia, enfermeiros, estudantes e outros profissionais de saúde que ajudam no manejo dos doentes com acidente vascular cerebral”.
O neurologista do Hospital de Santa Maria considera o programa “bastante rico”, à semelhança dos anos anteriores, “já que aborda temas atuais de interesse relevante para todos os profissionais envolvidos no tratamento dos doentes com AVC e tem também as sessões habituais de comunicações orais e de posters”. Este ano, o Prof. José Ferro destaca as sessões sobre fatores de risco e sobre prevenção primária e secundária, bem como as sessões sobre reabilitação. “Existem também algumas palestras de convidados estrangeiros de elevada qualidade que são sempre um aspeto de grande valor neste Congresso, com temas como a qualidade no tratamento do AVC, a Medicina de Precisão no AVC, e o tema controverso do encerramento ou não do patent foramen ovale no AVC”, acrescenta o especialista.
“Entre os temas que irão ser tratados em mesas redondas, realçaria o AVC associado a doença sistémica, os aspetos do AVC agudo (a trombectomia e o papel da telemedicina) e também uma sessão dedicada ao AVC hemorrágico, que embora seja menos frequente que o AVC isquémico, ainda representa 10% de todos os AVC”, destaca o Prof. José Ferro.
Desde a sua primeira edição, o Congresso assume o mesmo modelo programático, sem sessões paralelas, “para que todos aprendam com tudo”. Este ano não é exceção, pelo que o programa científico decorre apenas numa sala, durante os três dias de congresso.
O presidente da comissão científica do Congresso deixa um último apelo à participação de todos os interessados, certo que que “contribuirá para aperfeiçoar os comportamentos e as atitudes para melhorarmos o tratamento aos doentes que sofrem esta patologia que ainda é tão frequente e debilitante em Portugal”.