Tratamento da Diabetes em foco no primeiro evento do Ciclo de Reuniões Formativas da SPD
A Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD) e o Programa Regional da Diabetes da ARS do Centro promovem, na quarta-feira, 18 de abril, das 08h45 às 17h30, no Hotel Tryp, em Leiria, o primeiro evento de um Ciclo de Reuniões Formativas dirigidas a profissionais de saúde para analisar o tratamento da Diabetes em Portugal, em particular no Centro do país.
Neste ciclo de reuniões, os médicos e enfermeiros da região terão a oportunidade de saber mais sobre a prevalência da diabetes em Portugal, bem como o estado dos planos nacionais para o diagnóstico, tratamento/acompanhamento e prevenção desta patologia que atinge já mais de um milhão de portugueses. Durante esta reunião, as sessões vão ser compostas pela apresentação de vários temas: “Complicações associadas à diabetes” será abordado por Marta Gôja e Diana Fernandes, especialistas de Medicina Interna; “novos tratamentos para esta doença metabólica”, será da responsabilidade das oradoras Rita Chaves, médica de família e Nilza São José, enfermeira de família e o tema “Diabetes em Portugal”, será apresentado por Alexandra Vieira, médica endocrinologista.
Segundo Hélder Ferreira, vice-presidente da SPD e coordenador do Programa da Diabetes da Administração Regional de Saúde (ARS) do Centro, um dos temas centrais destas sessões será “O coração do diabético” a cargo de Sílvia Monteiro, uma vez que, “os problemas cardiovasculares que surgem associados à diabetes representam 50% das causas de morte nos doentes com diabetes tipo 2 – e podem representar a perda de 12 anos de vida”.
Hélder Ferreira mostra também alguma preocupação pela atual situação do acompanhamento da diabetes no Centro do país: por falta de contratação de técnicos(as) de optometria, há três zonas da região que estão há meses sem rastreios de retinopatia diabética, fundamentais para evitar casos de cegueira. “Não há meios no terreno para realizar o que os técnicos tinham vindo a fazer, concretamente na região dos Agrupamentos de Centros de Saúde Dão-Lafões, Baixo Mondego e Pinhal Interior Norte”, adianta. “Quem está no terreno sente-se um pouco órfão dado não haver alguém a quem possa pedir responsabilidade e apelar”. Esta situação deve-se ao facto de o Programa Nacional para a Diabetes estar sem diretor desde 1 de janeiro de 2018.
Depois de Leiria, o Ciclo de Reuniões Formativas avança para Coimbra (25 de maio), Covilhã (6 de junho), Guarda (8 de junho), Aveiro (14 de junho) e Lousã (22 de junho).
Por Rita Rodrigues