Farmácias HOLON recebem campanha de sensibilização para o cancro colorretal
O Cancro Digestivo é o que mais mata em Portugal. No total são cerca de 11 pessoas por dia. “Através do diagnóstico precoce e da adoção de uma atitude ativa por parte da população no seu processo de saúde, potenciando o aumento dos seus conhecimentos nesta área e mudando os seus hábitos comportamentais é possível mudar esta realidade”, alertou o presidente da Europacolon Portugal, Vítor Neves. Neste sentido, a Europacolon Portugal e as Farmácias Holon promovem a campanha “Conhece os sintomas do cancro do intestino”, que disponibiliza rastreios gratuitos de pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF) em 97 farmácias do Grupo Holon por todo o país, durante o mês de abril.
“Esta campanha de sensibilização consiste em dar a conhecer, à população em geral, esta patologia, os seus sintomas e a importância de estar atento aos mesmos. Para além disto, dar também a conhecer a importância de realizar o rastreio”, explica Patrícia Pintado, Diretora Técnica da Farmácia Holon de Bucelas. No que toca ao processo deste rastreio, a Diretora Técnica explica que “é feito através da pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF). Nós fornecemos ao utente todo o material necessário para fazer a recolha da amostra, que será entregue na farmácia e enviado para o laboratório. Posteriormente, recebemos os resultados, que serão entregues ao utente”. As pequenas quantidades de sangue nas fezes, que podem eventualmente ser identificadas, poderão ser consequência da presença de um tumor ou de pólipos no intestino. Em caso positivo, os próprios farmacêuticos fazem o encaminhamento imediato para o médico, que decidirá quais os exames complementares de diagnóstico mais adequados, sendo que, normalmente, é recomendada a realização de uma colonoscopia.
Vítor Neves considera que “este rastreio traz significativos ganhos em saúde para o doente e pode evitar a doença em estados mais avançados ou tornar a intervenção terapêutica mais eficaz”.O rastreio é totalmente gratuito, no entanto, não é indicado para todas as pessoas. “Este rastreio é indicado para as pessoas que cumpram os seguintes critérios de inclusão: idade compreendida entre os 50 e os 74 anos; população que não tenha realizado PSOF no último ano ou colonoscopia nos últimos 5 anos; que não aparentem sintomas relevantes; que não tenham história pessoal anterior de cancro nem ligações hereditárias de primeiro grau a doentes de cancro colorretal e que não possuam diagnóstico prévio de pólipos colorretais ou doença inflamatórias do intestino (doença de Crohn ou colite ulcerosa)”, explica a Diretora da Farmácia de Bucelas.
Para Patrícia Pintado o papel do farmacêutico é importante na prevenção do cancro colorretal uma vez que “ pode e deve dar a conhecer aos seus utentes os sintomas desta doença, assim como encaminhá-los para o médico, caso estes sintomas surjam. Para além disto, pode, em alturas de campanhas específicas, dar a conhecer à população os rastreios que podem ser efetuados na farmácia”.
De acordo com o Programa Nacional para as Doenças Oncológicas da Direção Geral da Saúde, o rastreio do cancro colorretal, através da pesquisa de sangue oculto nas fezes (PSOF), constitui uma necessidade a nível nacional e europeu, pela morbilidade e mortalidade associada a estas neoplasias. Estes programas de rastreio têm revelado um impacto significativo na redução da incidência do cancro colorretal e permitido diminuir a sua mortalidade em aproximadamente 16%.
Por Rita Rodrigues