Coimbra estabelece parcerias para o desenvolvimento da Saúde Global
Ao longo de três dias o Convento São Francisco, em Coimbra, foi palco de mais de 20 Workshops e quatro Sessões Plenárias, onde marcaram presenças especialistas, investigadores, académicos, decisores políticos e outros atores de relevo do setor. No programa do evento, estiveram em debate temas da Saúde Global relacionados com a gestão de doenças infeciosas e a governação para a equidade na saúde nos países de baixa e média renda, as oportunidades e desafios na transição da inovação para os cuidados de saúde e a educação biomédica num mundo em mudança.
Para além do debate destes temas, no âmbito deste encontro mundial, Portugal assinou dois protocolos Internacionais de Cooperação: um constitui um instrumento de Cooperação entre o Ministério da Saúde e o Fundo Global de Combate ao VIH, Tuberculose e Malária; o outro estabelece um protocolo de colaboração entre Ministério da Saúde de Portugal e Cabo Verde, tendo como foco principal a Saúde Global dos Países Africanos.
A World Health Summit Regional Meeting Coimbra serviu também para fortalecer relações com os PALOPS e definir parcerias para o desenvolvimento de projetos a implementar no âmbito da M8 Alliance. Para Amilcar Falcão, Vice-Reitor da Universidade de Coimbra e Coordenador da Comissão Organizadora “mais do que assumir o desafio de organizar o encontro, tínhamos como objetivo promover o desenvolvimento conjunto de novas abordagens e estabelecer colaborações frutíferas tanto com os nossos parceiros da CPLP como com os nossos parceiros da M8 Alliance”.
Para a organização, a Cimeira Mundial de Saúde acabou por ser reveladora da dimensão estratégica que Portugal possui na ligação entre a Europa e a África. Esta é uma postura que Portugal, através da CoimbraHealth, assumirá já no próximo mês de Outubro na Cimeira Mundial de Berlim, onde irá apresentar alguns projetos a serem desenvolvidos através da criação de redes de cooperação. «Queremos ter uma presença ativa na M8 Alliance através da promoção da investigação transnacional, bem como da inovação no âmbito da saúde global», acrescenta Amílcar Falcão.