Dia Internacional de Sensibilização para a Escoliose: Tratamento é necessário em menos de 1% dos casos
No âmbito do Dia Internacional de Sensibilização para a Escoliose, assinalado no passado dia 24 de junho, a campanha nacional ‘Josephine explica a escoliose’, cujo lançamento foi em 2016, tem o objetivo de sensibilizar e esclarecer sobre a escoliose pediátrica. O patrocínio científico da campanha está a cargo da Sociedade Portuguesa de Ortopedia e Traumatologia e da Sociedade Portuguesa de Pediatria e tem também com o apoio da Medtronic.
A escoliose idiopática é a principal deformidade da coluna em crianças e adolescentes e afeta 2% a 3% das crianças e jovens portugueses. A faixa etária mais comum é após os 10 anos de idade e mais dominante no sexo feminino, esta doença afeta em grande escala a autoestima, pelo impacto que tem na imagem devido ao desalinhamento da coluna bastante visível.
“A escoliose manifesta-se maioritariamente no pico de crescimento da adolescência e o verão é uma época do ano em que os pais, com maior facilidade, por exemplo na praia, conseguem ver as costas dos seus filhos e perceber se existe alguma alteração de postura a indicar ao pediatra ou médico de família”, explica Pedro Fernandes, ortopedista do Hospital de Santa Maria, em Lisboa. “Contudo, o diagnóstico de escoliose não deve ser encarado como um problema sem resolução. Entre as crianças e jovens que recebem este diagnóstico, menos de 1% podem vir a necessitar de tratamento”, explica o especialista e coordenador da campanha.
Pedro Fernandes salienta que o diagnóstico precoce contribui para o correto acompanhamento e simultâneo tratamento dos doentes. A maior parte dos casos não necessita de tratamento e, naqueles em que o tratamento é recomendado, poderá passar pelo uso de um colete de correção postural (em casos menos graves), ou por uma cirurgia (em situações mais avançadas), que nos dias de hoje e graças ao avanço da tecnologia médica, é um procedimento com elevada segurança e sucesso terapêutico.
Por Rita Rodrigues