Campanha nacional alerta para a importância de reconhecer, avaliar e tratar a dor crónica
“A Dor Não Tem de Ser o Triste Fado dos Portugueses” é o mote da campanha de sensibilização lançada pela Grünenthal, com o objetivo de alertar os portugueses para a importância de reconhecer a dor crónica como uma doença – e não como um sintoma –, que precisa de ser adequadamente avaliada e tratada.
A campanha insere-se no âmbito do Dia Nacional da Luta contra a Dor, que este ano se assinala a 19 de outubro e decorre até ao início de novembro em mais de 200 farmácias e em outdoors por todo o país, envolvendo assim a comunidade farmacêutica. Associando a dor ao Fado e ao “sofrimento” que lhe é característico e tão português, a ação visa encorajar os doentes a falar abertamente sobre a sua dor e a procurar aconselhamento junto de um profissional de saúde. A dor crónica pode afetar a mobilidade, a capacidade para trabalhar e os padrões de sono, para além de ter um impacto negativo na relação com a família e com os amigos. Ao mesmo tempo, procura promover o papel do farmacêutico, que fará um questionário individual de avaliação da dor aos utentes, podendo aconselhar formas para uma melhor gestão da dor e, se necessário, reencaminhar o utente para o médico.
“O Fado é uma expressão artística da identidade portuguesa e os portugueses ainda seguem muito a ideia de que o seu destino está traçado e não há como fugir dele. Com esta campanha, pretendemos demonstrar que a dor crónica, apesar de causadora de morbilidade, absentismo e incapacidade, tem tratamento e não tem de ser um triste destino (“fado”) para os doentes. Da mesma forma, queremos transmitir que é possível controlar a dor crónica e viver com qualidade”, afirma Ana Martins, diretora geral da Grünenthal Portugal.
Ema Paulino, Diretora de Projetos & Serviços das Farmácias Holon esclarece que “o farmacêutico tem um papel fundamental no aconselhamento e na prevenção de problemas de saúde e esta campanha vem dotá-los de mais conhecimento e ferramentas importantes para dar resposta a um problema tão comum, mas ainda muito desvalorizado. É fundamental que o farmacêutico, além de conhecer as opções de tratamento existentes, saiba avaliar e compreender a natureza e influência da dor crónica na vida do doente”.
A dor crónica deve ser entendida como um problema de saúde, primeiro a uma escala pessoal e mais tarde, devido à elevada prevalência, também a uma escala pública. Em Portugal, três em cada dez adultos sofrem de dor crónica, equivalente a 37%. Quando não tratada de modo adequado, a dor crónica impacta significativamente a qualidade de vida do doente e da sua família, é causadora de morbilidade, absentismo e incapacidade temporária ou permanente causando custos elevados para os sistemas de saúde.