Em 2018 foram intercetadas, nas alfândegas nacionais, mais de 212 mil unidades de medicamentos
A apreensão de medicamentos ilegais nas alfândegas bateu recordes em 2018, só nos primeiros 6 meses do ano passado a quantidade de fármacos apreendidos foi superior a todo o ano de 2017.
De janeiro a junho do ano transato, foram intercetadas, nas alfândegas nacionais, mais de 212 mil unidades de medicamentos, dos quais, um quinto era para tratar a disfunção erétil. China, Índia, Brasil e Estados Unidos da América são os principais países de origem dos falsos fármacos. Na sua composição, estes medicamentos contêm substâncias consideradas perigosas ou sujeitas a receita médica.
Segundo dados do Infarmed, facultados ao Jornal de Notícias, no primeiro semestre do ano passado foram emitidos “4229 pareceres, sendo 1709 no sentido de reter a mercadoria para destruição”. A maioria, 2298, foi devolvida ao remetente. Os fármacos são devolvidos “quando estão em causa comprimidos importados sem autorizações legalmente exigidas e sem suspeita de falsificação” explica o Infarmed.
Nos últimos dias, o Infarmed emitiu inúmeros alertas para produtos ilícitos para a disfunção erétil e para o emagrecimento. No ano passado, 20% das apreensões foram de fármacos para disfunção erétil, 18,8% de medicamentos para o sistema nervoso e psicofármacos e 8,9% de analgésicos.
Os utentes que disponham deste tipo de produtos não os devem utilizar, mas sim entregar na farmácia para posterior destruição, alerta o Infarmed.
Por Rita Rodrigues