Sociedade Portuguesa de Cardiologia alerta para a importância de reconhecer os sinais e sintomas associados à doença cardíaca
As doenças cardiovasculares ainda são o assassino número um no mundo e em Portugal. Identificar atempadamente os sintomas e controlar os fatores de risco associados à doença cardiovascular é o caminho para que as doenças circulatórias deixem de figurar no primeiro lugar das causas de morte no mundo e em Portugal.
É urgente que os números da mortalidade por doença cardiovascular diminuam, e um dos passos para que isso aconteça passa por agir a tempo, e agir a tempo passa por identificar os sinais e sintomas das doenças cardiovasculares. As doenças circulatórias continuam a figurar no primeiro lugar das causas de morte no mundo e em Portugal, e estão associadas à mortalidade de 17,64 milhões de pessoas, em todo o mundo. Em Portugal ocorrem 32000 mortes anuais por doença cardiovascular, o que representa aproximadamente 30% da mortalidade.
As doenças cardiovasculares ainda são o assassino número um no mundo, de acordo com a presidente da Sociedade Europeia de Cardiologia, Barbara Casadei, “não devemos achar que ganhámos a causa da doenças cardiovasculares.Estas doenças são uma realidade e uma emergência. São a primeira causa de morte no mundo, nos países mais e menos desenvolvidos. Ainda existem enormes problemas e causas por travar, como o tabagismo, que deveria ser a nossa prioridade número um, bem como a hipertensão, o colesterol, a diabetes e a obesidade.”
A nível planetário, o futuro não é muito animador, e há fatores de risco que permanecem na base desta taxa de morbilidade e mortalidade. Prevê-se que 7,5 milhões de pessoas irão morrer devido ao aumento da hipertensão, 6 milhões por consumo passivo e não passivo de tabaco, 2,8 milhões por obesidade ou excesso de peso e 2,6 milhões devido ao aumento do colesterol. Apesar destes dados, sabe-se que 75% dos fatores de risco associados às doenças cardiovasculares podem ser prevenidos e que o diagnóstico precoce da doença é o passo para combater estes números.
Como consequência de um esforço conjunto a diversos níveis, as taxas de mortalidade por doença cardiovascular em Portugal sofreram uma redução apreciável nas últimas décadas, desconhecendo-se se essa tendência se manterá, ou pelo contrário retrocederá, pelo que se deve manter e reforçar uma atitude muito atenta, pois muito está ainda por fazer.
Estar atento aos sinais e sintomas associados à doença cardiovascular é a grande mensagem que os cardiologistas querem, neste mês, partilhar com os portugueses. Em caso de sintoma de doença cardiovascular, não espere para ver se passa. Escute o seu coração e procure ajuda médica.
No mês de maio, mês do coração, a Sociedade Portuguesa de Cardiologia (SPC) alerta para a importância de sabermos os sinais e sintomas que podem estar associados a doença cardiovascular. Para a SPC, o segredo é “Escutar o Coração”. Doenças tão frequentes como a angina de peito, a insuficiência cardíaca e a maior parte das doenças cardiovasculares podem ter uma evolução mais benigna se identificadas e tratadas cedo, por isso, neste mês do coração, a SPC propõe aos Portugueses que tenham especial atenção aos sintomas cardiovasculares. Cansaço, falta de ar, palpitações, dores no peito, inchaços e desmaios, são sintomas que podem corresponder a doença cardíaca. Nesse contexto a SPC recomenda que se procure imediatamente ajuda médica. O lema da SPC para este Maio, é: “Escute o seu coração”