Patologia Clínica – uma mais-valia na marcha diagnóstica
Nos próximos dias 13, 14 e 15 de fevereiro, a Sociedade Portuguesa de Patologia Clínica (SPPC) realiza o seu 10.º Congresso Nacional, na Fundação Cupertino de Miranda, no Porto. Uma reunião que, à semelhança da edição do ano passado, se prevê multidisciplinar e muito apelativa no que respeita ao seu conteúdo científico.
“Houve um grande esforço da SPPC para construir um programa científico de qualidade, com palestrantes nacionais e internacionais de excelência”, descreve Sandra Paulo, presidente do 10.º Congresso. “Esta é também a oportunidade de estreitar relações com outras especialidades, nomeadamente com a Pediatria, a Gastrenterologia, a Endocrinologia, a Cardiologia, a Medicina Interna e a Obstetrícia”, até porque a Patologia Clínica é uma especialidade transversal a todas estas áreas do saber médico.
“Neste congresso, para além de abordarmos as áreas nucleares da Patologia Clínica, trazemos também para a discussão algumas temáticas relacionadas como a medicina laboratorial personalizada, a gestão laboratorial, a medicina baseada na evidência e os novos biomarcadores de autoimunidade, Neuroimunologia e Imunopsiquiatria”, sublinha Sandra Paulo.
Segundo Maria José Rego de Sousa, presidente da SPPC, o desenvolvimento da Medicina e da tecnologia tiveram um papel muito ativo na evolução da Patologia Clínica. “Conseguimos, hoje, identificar laboratorialmente uma doença antes do diagnóstico clínico. Temos disponíveis uma maior diversidade de ferramentas diagnósticas para despistes mais precoces, o que permite uma ação preventiva ou o tratamento precoce”, explica, acrescentando que o “Patologista Clínico é sempre um elo. Estamos posicionados entre a produção laboratorial e o que são as necessidades do Clínico quando aborda um doente, temos, portanto, um papel de mediação. Como a nossa formação engloba as vertentes laboratorial e clínica, conseguimos estabelecer esta ligação no âmbito da colaboração e apoio ao médico assistente, sendo uma mais-valia na marcha diagnóstica.”.
Apesar do crescente reconhecimento da importância da Patologia Clínica enquanto especialidade médica, Maria José Rego de Sousa entende que “apenas com a intervenção do Patologista Clínico, pelo seu know-how e racionalização na tomada de decisões, na prescrição das provas analíticas, sempre numa base de colaboração interdisciplinar, se conseguirá um balanço custo-eficiência dos recursos otimizado e uma prestação de cuidados de saúde de excelência”.