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Primeiras Bolsas António Coutinho atribuídas a dois investigadores dos PALOP

Primeiras Bolsas António Coutinho atribuídas a dois investigadores dos PALOP

No passado dia 19 de fevereiro, a farmacêutica Merck atribuiu, em conjunto com a Fundação Calouste Gulbenkian e a Câmara Municipal de Oeiras, as primeiras Bolsas António Coutinho, que homenageiam o investigador António Coutinho.

Os dois vencedores, Adija Fernando Wilssone e António Pinto Almeida, receberam o prémio das mãos de António Coutinho. Durante 10 meses, os dois bolseiros irão desenvolver os seus projetos de investigação em instituições científicas em Portugal. Pedro Moura, Managing Director da Merck Portugal, António Coutinho e o antigo Presidente da República Jorge Sampaio, tiveram a oportunidade de discursar e explicar a importância desta iniciativa inovadora para o futuro da sociedade e da ciência, que terá uma segunda edição ainda neste ano.

Segundo Pedro Moura, “com esta iniciativa pretendemos aumentar a diversidade na comunidade científica, criando oportunidades para os investigadores e cientistas dos Países Africanos de Língua Oficial Portuguesa”. Esta iniciativa é igualmente uma oportunidade ímpar para potenciarmos o número de soluções inovadoras para a humanidade, dando assim resposta a um dos objetivos das Nações Unidas para 2030 – mais investigação científica e maior inclusão nesta área.

Adija Fernando Wilssone é moçambicana e está a desenvolver o seu trabalho de mestrado em Biologia da Conservação, no Parque Nacional da Gorongosa. O projeto combina a conservação da biodiversidade com a utilização sustentável de recursos naturais locais. A Bolsa António Coutinho vai permitir-lhe desenvolver um projeto no laboratório de Cristina Máguas Hansson, do Centro de Investigação em Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais da Universidade de Lisboa. O projeto vai permitir uma valorização do mel local e identificar as zonas do parque que devem ser protegidas.

António Pinto Almeida é cabo-verdiano e Professor Auxiliar da Unidade de Ciências Biológicas do Instituto de Engenharia e Ciências do Mar da Universidade Técnica do Atlântico, na ilha de São Vicente, Cabo Verde. Com especial interesse pela promoção da “economia azul”, António tem vindo a desenvolver e aprofundar competências na Biologia de Mares estando envolvido em vários projetos de colaboração internacionais. A Bolsa António Coutinho vai permitir-lhe desenvolver o seu projeto com a Dr. Susana Gaudêncio da Ucibio-Requimte, Faculdade de Ciências e Tecnologia, Universidade NOVA de Lisboa.