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SPAVC organiza webinar para debater o impacto da pandemia COVID-19 na reabilitação do AVC

SPAVC organiza webinar para debater o impacto da pandemia COVID-19 na reabilitação do AVC

 

 

 

 

A Sociedade Portuguesa do Acidente Vascular Cerebral (SPAVC), organiza, hoje, às 17h30, um webinar dirigido a todos os profissionais de saúde diretamente envolvidos na reabilitação do Acidente Vascular Cerebral (AVC). Pretende-se avaliar o impacto da pandemia COVID-19 nesta etapa de cuidados, refletindo sobre caminhos futuros para continuar a garantir o acesso dos sobreviventes de AVC à reabilitação multidisciplinar e coordenada.

A reunião virtual tem como ponto de partida a apresentação de resultados de um inquérito nacional aplicado aos centros de tratamento do AVC agudo e centros de reabilitação, debatendo os vários níveis de cuidados, desde a fase aguda/internamento, Rede Nacional de Cuidados Continuados (RNCCI), passando ainda pelos centros de reabilitação, sem esquecer o ambulatório.

“Existem recomendações que nos alertam da necessidade de equipas de reabilitação coordenadas e multidisciplinares em todos os níveis de cuidados ou fases dos AVC, sabendo que um sobrevivente de AVC que não tenha acesso a essa mesma reabilitação organizada terá menor probabilidade de atingir o seu potencial máximo funcional e integração sócio-familiar e profissional”,  começa por referir Ana Alves, fisiatra e moderadora do webinar.

No entanto, se a reabilitação já tinha, em Portugal, “um longo caminho a percorrer”, com manifestas limitações no acesso e nos recursos humanos dedicados, a COVID-19 veio potenciar essas lacunas ao sobrecarregar o sistema de saúde, levando à suspensão, em alguns casos, dos programas de reabilitação em curso, ou à menor disponibilidade/multidisciplinaridade dos mesmos.

“Já sentíamos que, a nível hospitalar, a pressão para libertar camas pelas equipas de gestão de altas hospitalares, associada à ausência de disponibilidade da rede de cuidados de reabilitação extra-hospitalar, conduzia ao atropelo constante das Normas de Orientação Clínica da Direção-Geral da Saúde, existentes desde 2011, o que levava a uma gritante disparidade de critérios de referenciação entre as administrações regionais de saúde e mesmo entre os hospitais”, frisa a médica fisiatra. Com a pandemia, todo este processo apresentou ainda maior declínio. Assim, é objetivo desta sessão de debate fazer um ponto de situação deste panorama, avaliando as “sequelas” do cenário que atravessamos.

A especialista esclarece que “as equipas de reabilitação são essenciais e não podemos cair em tentação de regredir nos cuidados ao sobrevivente de AVC, mas sim aumentar a interligação entre os diferentes níveis de cuidados, inovando com a telerreabilitação e com maior proximidade entre hospitais/centros de saúde/RNCCI/internamentos de MFR e Centros de Reabilitação”.

Assim, serão abordadas os diferentes níveis de cuidados por profissionais especializados de várias regiões do país, contando ainda com participação da Direção Geral da Saúde (DGS), representada por Diogo Cruz (Sub-Diretor da DGS) e com as boas-vindas do presidente da Direção da SPAVC, José Castro Lopes.

Os profissionais incluídos no grupo de destinatários deste webinar, organizado com o apoio da Angels, deverão entrar em contacto com a SPAVC, através dos vários canais de comunicação disponíveis, para mais detalhes sobre o acesso e formas de participação.