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Mitos e verdades sobre asma e COVID-19

Mitos e verdades sobre asma e COVID-19

No âmbito do Dia Mundial da Asma, que se assinala a 5 de maio, A Sociedade Portuguesa de Pneumologia, em sintonia com o mote proposto este ano pela Global Initiative for Asthma (GINA), pretende desvendar alguns mitos relacionados com asma e COVID-19.

Desde o início da pandemia que várias informações sem fundamento científico foram disseminadas nos meios de comunicação e redes sociais, gerando nos doentes asmáticos alguns receios infundados, levando-os a alterar comportamentos que colocam, por vezes, em risco o controlo da sua asma.

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Eis alguns mitos e verdades que importa esclarecer neste dia:

– Doentes asmáticos não devem fazer a vacina contra a COVID-19 porque têm maior risco de reação adversa.

FALSO.

Muitos tipos de vacinas foram estudadas também em asmáticos e estão a ser usadas em todo o mundo e nem todos os asmáticos têm um quadro associado de alergias. De qualquer maneira, as reações alérgicas às vacinas são raras e, atualmente, nenhuma doença alérgica contraindica de forma absoluta a toma destas vacinas. Salienta-se que há casos que devem ser previamente avaliados em consulta para decisão de vacinação, como por exemplo, história prévia de recção alérgica grave a qualquer componente da vacina ou a outra vacina. Atualmente, pesando os riscos e benefícios, recomenda-se SIM a vacinação contra a COVID- 19 nos doentes asmáticos.

– Doentes asmáticos têm maior probabilidade de morte por COVID-19.

DEPENDE.

Globalmente, os doentes asmáticos bem controlados não têm maior probabilidade de morte por COVID-19.

Contudo, estudos mostraram que, em doentes com necessidade recente de ciclo de corticoides orais ou doentes com asma grave recentemente internados, o risco de morte por COVID-19 foi superior.

– Corticoterapia inalada aumenta risco de complicações associadas à infeção pelo novo coronavírus.

FALSO.

A corticoterapia inalada é central no tratamento do doente asmático, para controlo da doença, e os asmáticos controlados não têm maior risco de desenvolver doença grave ou de mortalidade por COVID-19. Os doentes com asma devem manter a sua medicação inalada habitual, bem como manter a sua asma controlada.

 

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