APIFVET alerta para consequências das alterações climáticas para a saúde animal e humana
Devido à atual globalização, a passagem de doenças entre animais e humanos tornou-se cada vez mais simples, como é o caso da COVID-19, uma doença com origem animal que rapidamente se propagou pelos humanos de todo o mundo. Felizmente, há cada vez mais a consciência de que as pessoas, animais e o meio ambiente partilham “Uma Só Saúde”.
As alterações climáticas e o consequente aumento da temperatura têm impactos significativos no nosso planeta. Exemplo disso é o aparecimento de novas doenças, que podem não só ficar confinadas na população animal, como se podem rapidamente propagar pela população humana (zoonoses). Segundo Jorge Moreira da Silva, Presidente da APIF VET, “Estas novas doenças irão, por um lado, aumentar a morbilidade e a mortalidade animal, tendo um impacto negativo no acesso à proteína animal por parte das populações humanas, desequilibrando a sua dieta. Por outro lado, estas doenças implicam novos tratamentos e podem levar ao aumento de consumo de medicamentos veterinários, como os antibióticos que, devido ao seu uso continuado ou desadequado, contribuem para a emergência e disseminação de bactérias resistentes, mesmo nos humanos”.
A única maneira de evitar que o ambiente tenha influência na saúde animal é apostar na prevenção, tanto através de vacinas, como da desparasitação regular (interna e externa) de todos os animais, de modo a estarem aptos a responder a qualquer nova “agressão ambiental”. No caso dos animais de produção, é igualmente importante que as explorações tenham planos de monitorização de temperaturas e planos de biossegurança.
A transição para um futuro mais sustentável requer, então, uma integração de políticas que conectem o ambiente, a economia e a sociedade. Neste Dia Mundial do Ambiente, a APIFVET relembra que é fundamental proteger não só a saúde animal, como humana e ambiental.