Candidaturas à bolsa de investigação sobre leucemia mieloide crónica até 21 de dezembro
O prazo de candidaturas à bolsa de investigação sobre leucemia mieloide crónica (LMC), promovida pela Associação Portuguesa Contra a Leucemia (APCL) e pela Sociedade Portuguesa de Hematologia (SPH), em parceria com a Novartis, encerra a 21 de dezembro. Esta é uma bolsa com duração de 18 meses que vai distinguir o melhor projeto com 15 mil euros.
A história da LMC sofreu importantes mudanças nas últimas décadas com a introdução de novas opções terapêuticas. Atualmente, é cada vez maior o número de pessoas que vive com esta doença. Por outro lado, a esperança média de vida dos doentes também tem crescido. Com efeito, os desafios da doença passam hoje pelo impacto na qualidade de vida dos doentes.
Foi neste contexto que foi criada a Bolsa de Investigação em LMC, resultado de uma parceria entre a APCL, a SPH e a Novartis, com o intuito de aprofundar o conhecimento da doença. Podem candidatar-se todos os projetos de investigadores nacionais ou estrangeiros, a trabalhar em instituições portuguesas, e com formação profissional e/ou académica superior. Serão valorizados projetos de caráter multidisciplinar e de colaboração e parceria entre várias instituições, nomeadamente com associações de doentes.
O regulamento pode ser consultado no site oficial da APCL e as candidaturas devem ser enviadas para o email da APCL bolsas@apcl.pt, associação responsável pela aceitação e gestão das mesmas.
Por ano, surgem cerca de 1-1,5 novos casos de LMC por 100.000 habitantes. Em Portugal estima-se que surjam cerca de 100-150 novos casos por ano. Esta patologia, que representa cerca de 15% do total de todas as leucemias, é ligeiramente mais frequente no sexo masculino e, apesar de poder aparecer em qualquer idade, é mais frequentemente diagnosticada entre os 50-60 anos de idade.
A LMC é uma doença tumoral da medula óssea em que as células estaminais, já mais diferenciadas, os mieloblastos, se multiplicam e amadurecem de forma autónoma. Esta alteração conduz ao aparecimento de um elevado número de glóbulos brancos (leucócitos), particularmente os neutrófilos, na medula e no sangue periférico.