Prémios “Humanizar a Saúde” distinguem projetos que cuidam e apoiam cuidadores informais
Proporcionar momentos de descanso a quem cuida; apoiar as famílias das crianças com cancro; reconhecer e ajudar os jovens cuidadores; encontrar respostas para as pessoas com traumatismo crânio-encefálico e as suas famílias; acompanhar crianças e jovens com doença crónica complexa: são cinco os projetos vencedores dos Prémios “Humanizar a Saúde”, uma iniciativa da Teva Portugal.
Prémios que distinguem iniciativas levadas a cabo por instituições cuidadoras, num reconhecimento do trabalho de quem se dedica a cuidar, isto num País onde se estima que mais de um milhão de pessoas desempenhem a missão de cuidador informal, sendo que apenas algumas (poucas) têm apoios que facilitem uma tarefa considerada essencial para a sustentabilidade dos serviços de saúde. Aos cinco vencedores foi atribuído o valor de 5000 euros, sob a forma de donativo, para o desenvolvimento e implementação dos seus projetos.
Marta Gonzalez Casal, diretora-geral da Teva Portugal, refere que ”na grande maioria das ocasiões não nos lembramos dos cuidadores e da extrema importância que eles têm na nossa sociedade, apesar de, nalgum momento, todos nós termos sido, ou podermos vir a ser, cuidadores. Em Portugal existem quase um milhão e meio de cuidadores informais, que são pouco reconhecidos e com uma carga emocional e de trabalho muito elevada. Por tudo isto, sinto-me especialmente orgulhosa de apresentar os Prémios Humanizar a Saúde em Portugal, que têm como objetivo reconhecer, dar visibilidade e ajudar financeiramente 5 projetos, dos mais de 20 que nos foram apresentados nesta primeira edição (e que diariamente realizam uma obra tão louvável). Cuidar é um dos valores da TEVA e queremos que, anualmente, os projetos desenvolvidos em Portugal vejam a TEVA como um parceiro que também pretende cuidar deles”.
Porque cuidar é, na maioria dos casos, uma tarefa a tempo inteiro, que desgasta, que cansa, que exige, há cinco anos que a Associação Cuidadores implementa o projeto Breves Pausas para Descanso do Cuidador, um serviço inovador e específico que disponibiliza visitas semanais/quinzenais de voluntários às pessoas cuidadas, nas suas casas, permitindo o acesso ao descanso do cuidador informal.
Uma iniciativa agora reconhecida pela sua importância através dos Prémios Teva, também atribuídos à Casa Acreditar do Porto, uma instituição que acolhe, de forma gratuita, as famílias de crianças com cancro que vivem longe dos hospitais onde os seus filhos são tratados. Uma Casa organizada para os pais que cuidam, para que possam reorganizar a sua vida face à nova realidade imposta pelo cancro, com apoio social e emocional.
Porque cuidar é uma missão também abraçada pelos mais jovens, e que os pode colocar em risco físico e mental, de pobreza e exclusão social, o projeto Jovens Cuidadores, promovido pela Cuidadores Portugal, destina-se a apoiar estes jovens. Um trabalho, resultado de uma parceria com o Instituto Português da Juventude e do Desporto (IPDJ), desenvolve respostas personalizadas e integradas, envolvendo diversos setores, como saúde, juventude ou educação, que conquistou um dos Prémios Teva.
Prémio também atribuído a dois outros projetos: os Cuidados Domiciliários Pediátricos, desenvolvidos pela Fundação do Gil, que acompanha crianças e jovens com doença crónica complexa, numa parceria com seis Hospitais Centrais, quatro na Grande Lisboa e dois no Grande Porto e que, com uma equipa multidisciplinar, proporciona às crianças cuidados ajustados às suas necessidades, bem como às das suas famílias; e o projeto “Viver Novamente”, que implementa uma abordagem inovadora, multidisciplinar e única, desenhada com e para pessoas com traumatismo crânio-encefálico, em resposta à urgência de cuidados de saúde e sociais adaptados ao indivíduo.
Os projetos foram selecionados de entre 24 candidaturas e os prémios entregues em Lisboa, no dia 26, numa cerimónia que decorreu na Fundação Champalimaud.