Comparticipação da vacina anti-pneumocócica conjugada subiu para 37%
A comparticipação proveniente do Estado para a vacina anti-pneumocócica conjugada, que faz a prevenção de doenças provocadas pela bactéria pneumococo, subiu de 15% para 37%. Esta vacina é gratuita para todas as crianças nascidas desde 1 de janeiro de 2015, no âmbito do Programa Nacional de Vacinação (PNV). No caso de crianças e adultos não abrangidos, o Estado comparticipava apenas em 15% a aquisição da mesma nas farmácias. Contudo, desde 9 de janeiro de 2018 que a comparticipação subiu para 37%.
Para a fundadora do Movimento Doentes pela Vacinação, Isabel Saraiva, este alargamento “é uma forma eficiente da prevenção da doença pneumocócica e ainda um gratificante contributo para a melhoria da Saúde Pública em Portugal” e é sobretudo “um grande avanço e uma vitória para quem, como nós, tem no acesso à vacinação a sua grande batalha” relata, referindo-se aos doentes com DPOC.
A vacina anti-pneumocócica está direcionada para todas as faixas etárias e, para além da pneumonia, previne um vasto leque de outro tipo de doenças provocadas pela bactéria pneumococo, tais como a pneumonia, a meningite, a otite, a septicemia, DPOC e a asma. Para além dos doentes respiratórios, “outros grupos, como os diabéticos ou os doentes cardíacos crónicos beneficiam também da vacina antipneumocócica” afirma Isabel Saraiva. O alargamento da vacinação a estes grupos tem como principal objetivo a redução da incidência da doença e, consequentemente, a diminuição das taxas de morbilidade e mortalidade.
Atualmente, a infeção por Streptococcus pneumoniae (pneumococo) é uma das mais importantes causas de morbilidade e mortalidade. Diariamente, no nosso País, uma média de 23 pessoas morre de pneumonia. Contudo, mundialmente a escala atinge 1.6 milhões de mortes por ano. Este tipo de doença é mais comum nas crianças e nos adultos com mais de 65 anos e embora seja potencialmente fatal e com graves consequências para o doente, é possível a sua prevenção através da vacinação antipneumocócica.
Por Rita Rodrigues