Respirar’19: estreitar relações entre cuidados de saúde primários e hospitalares
As “6.as Conversas da Pneumologia com a Medicina Geral e Familiar – Respirar ‘19”, promovidas pelo Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), decorreram no dia 5 de outubro, no hotel Aldeia dos Capuchos Golf & SPA, com o intuito de continuar a reforçar as ligações entre pneumologistas e especialistas em Medicina Geral e Familiar (MGF).
“Esta iniciativa surgiu da necessidade de estabelecermos uma articulação eficaz com os cuidados de saúde primários, com o foco na promoção da saúde e na prevenção da doença.” É desta forma que Paula Duarte, diretora do Serviço de Pneumologia do CHS, justifica a importância do Respirar’19, assegurando que a evolução ao longo dos anos tem sido positiva, existindo uma “maior proximidade” entre as duas especialidades.
A Referenciação em Pneumologia foi, mais uma vez, um dos grandes temas em destaque, pois, embora a tendência seja de melhoria, este é ainda um desafio nos dias que correm. “Nós compreendemos a dificuldade dos colegas de MGF, muitas vezes sobre quando referenciar, e até mesmo se o devem fazer, pelo que todos os anos revemos protocolos de referenciação”, explica Paula Duarte.
Para fomentar uma discussão ainda mais enriquecedora, nesta edição a organização trouxe pneumologistas do país vizinho para um I Encontro Luso-Espanhol de Pneumologia do CHS no âmbito do Respirar ‘19. “Já conhecíamos a NeumoSur [Asociación de Neumologia y Cirugía Torácica del Sur] e como eles trabalham há mais anos a interligação com os cuidados de saúde primários, de uma forma muito interessante, decidimos lançar-lhes este convite para partilharem a sua experiência connosco”, justifica Paula Duarte.
Além da referenciação em Pneumologia em patologias como doença pulmonar obstrutiva crónica (DPOC), asma, síndrome de apneia obstrutiva do sono (SAOS) e doenças difusas do parênquima pulmonar, foram também abordados outros assuntos como a abordagem da insónia de acordo com as visões do pneumologista e do psiquiatra, a literacia em saúde e os modelos de organização dos serviços e a articulação com os cuidados de saúde primários – nas perspetivas portuguesa e espanhola.
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Por Marisa Teixeira