APDP apela à criação de um registo nacional de diabetes tipo 1
A Associação Protetora dos Diabéticos de Portugal (APDP), avançou com a recolha de assinaturas para uma petição à Assembleia da República que tem como objetivo levar o Ministério da Saúde a criar um registo nacional de diabetes tipo 1, atualizado anualmente. Esta petição tem o apoio da Associação Mellitus Criança, do Grupo DiabéT1cos, da Sociedade Portuguesa de Diabetologia (SPD), da Secção de Endocrinologia e Diabetologia Pediátrica da Sociedade Portuguesa de Pediatria (SPP) e do Núcleo de Estudos da Diabetes Mellitus da Sociedade Portuguesa de Medicina Interna (SPMI).
Estima-se que em todo o mundo 1,1 milhão de crianças e adolescentes com menos de 20 anos, tenham diabetes tipo 1, sendo uma das doenças crónicas mais comuns na infância. Pelas suas implicações, a diabetes tipo 1 exige uma abordagem muito própria e de grande exigência. E, apesar do aumento da sua incidência e prevalência, não existe, em Portugal, um programa estruturado e coerente que aborde a diabetes tipo 1 em todas as idades.
“Um registo nacional atualizado que permita a aquisição de mais e melhor conhecimento científico sobre a real dimensão da diabetes, permite pensamento crítico para uma melhor definição das políticas de saúde relacionadas com a doença e para o enquadramento de novas perspetivas terapêuticas a nível imunológico e tecnológico.” refere José Manuel Boavida, presidente da APDP.
A concretização de um registo nacional, em vários países da Europa, foi um ponto de partida para promover estratégias mais eficientes de controlo da doença. A educação terapêutica, o acompanhamento multidisciplinar, o autocontrolo e a autogestão são ferramentas fundamentais para quem vive com esta patologia.
“A diabetes tipo 1, doença que se pode desenvolver em qualquer idade, é ainda pouco conhecida pela população em geral e decisores de políticas de saúde, e frequentemente confundida com a diabetes tipo 2, muito mais prevalente. Uma gestão eficiente da doença com dados atualizados é crucial.” conclui José Manuel Boavida.
A petição já está disponível no website do parlamento e pode ser assinada por todos os cidadãos que se identifiquem com esta iniciativa.