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Estudo “O Papel da Farmácia Comunitária na Jornada do Doente” | 81% dos inquiridos concorda que SNS será mais eficiente com farmácias mais ativas

Estudo “O Papel da Farmácia Comunitária na Jornada do Doente” | 81% dos inquiridos concorda que SNS será mais eficiente com farmácias mais ativas

O Estudo “O Papel da Farmácia Comunitária na Jornada do Doente” realizado pela IQVIA, por iniciativa da Tecnigen, empresa de genéricos 100% portuguesa do Grupo Tecnimede, reforça o papel das farmácias comunitárias na promoção da saúde pública em Portugal, com 81% da população inquirida a concordar que o Serviço Nacional de Saúde (SNS) será mais eficiente se as farmácias comunitárias assumirem um papel mais ativo na jornada do doente.

O estudo, que foi realizado junto de utentes residentes em Portugal Continental e Ilhas, teve como objetivo avaliar a perceção deste público sobre o papel da farmácia comunitária em diversas etapas da jornada do doente, desde a prevenção e educação para a saúde até ao acompanhamento do doente.

Quando questionados se a oferta por parte da farmácia comunitária de mais serviços de saúde, pode ajudar a acelerar e facilitar o acesso a cuidados de saúde, evitando situações mais graves, 80% dos inquiridos concorda totalmente e 19% concorda moderadamente.

Já 99% dos inquiridos concorda que, com um papel mais ativo por parte das farmácias, o SNS poderá ficar menos sobrecarregado, gastando menos e conseguindo, desta forma, financiar os serviços prestados na farmácia. A percentagem de inquiridos desce para 59% quando questionados se concordam que alguns dos serviços passando a ser prestados na farmácia, possam ter um custo associado com 33% a concordar moderadamente e 8% a discordar.

Impacto na eficiência do SNS

As farmácias comunitárias já desempenham um papel essencial na saúde pública, mas o estudo destaca que uma maior integração com o SNS poderia trazer vários benefícios, incluindo: Descongestionamento das unidades de saúde: A administração de vacinas, rastreios de doenças crónicas e o apoio à gestão de medicação nas farmácias podem aliviar a pressão sobre centros de saúde e hospitais; Aumento da adesão à prevenção: A conveniência e a relação de confiança com os farmacêuticos incentivam mais pessoas a procurarem serviços de prevenção; Eficiência económica: Reduz-se o custo global do sistema de saúde ao prevenir complicações e diagnosticar condições precocemente.

Em concreto, as medidas que os inquiridos consideram ser mais úteis passarem a ser fornecidas pelos farmacêuticos são:

No campo da prevenção, diagnóstico e referenciação:

Acesso gratuito à vacinação sazonal nas mesmas condições que no SNS (78%)

Administração das vacinas do Plano Nacional de Vacinação (76%)

Identificação e tratamento de situações clínicas ligeiras, como infeções urinárias eenxaquecas, com referenciação ao médico quando necessário (71%)

No campo da intervenção farmacêutica em situações agudas e crónicas:

Realização de testes rápidos ou outros complementares para avaliar situações clínicas ligeiras, dispensa de terapêutica protocolada, apoio nos autocuidados (74%)

Avaliação diferencial de infeções, através de testes rápidos e intervenção farmacêutica (73%)

Identificação e tratamento de situações ligeiras com referenciação para outros níveis de cuidados de saúde (71%)

No campo da Instituição da Terapêutica

Modelo entre o SNS e as farmácias para acompanhamento farmacêutico na gestão da doença e renovação de terapêutica (72%)

Serviço de renovação da terapêutica crónica e dispensa contínua dos medicamentos prescritos para doenças crónicas (71%)

No campo do acompanhamento/ seguimento:

Participação das farmácias em programas de acompanhamento e apoio às pessoas que vivem com doença (73%)

Definição, implementação e desenvolvimento de novos serviços de apoio ao domicílio prestados pelas farmácias (73%)

Serviços devem ser pagos pelo SNS

O mesmo estudo revela ainda que mais de metade dos inquiridos considera que os serviços prestados pelas farmácias devem ser abrangidos pelo SNS e os custos cobertos por este em todas as áreas de atuação; prevenção, diagnóstico e referenciação: 68%; Intervenção farmacêutica em situações agudas e crónicas: 60%; instituição da terapêutica: 62% e acompanhamento/ seguimento: 71%.

O Estudo “O Papel da Farmácia Comunitária na Jornada do Doente”, identificou ainda que 72% dos inquiridos valorizam a proximidade e a conveniência das farmácias, enquanto 61% destacam a relação de confiança com os farmacêuticos como um fator determinante na escolha.

Vacinação como Prioridade

64% da população já beneficiou da administração de vacinas nas farmácias.

A administração de vacinas sazonais nas farmácias, em condições semelhantes às do SNS, foi avaliada como a medida mais útil a ser prestada pelas Farmácias Comunitárias, assim como a inclusão de vacinas do Plano Nacional de Vacinação (PNV) nas farmácias.

Os resultados apontam para uma evolução no paradigma das farmácias comunitárias. Medidas como a ampliação da colaboração entre o SNS e as farmácias para a monitorização de doentes crónicos e a implementação do serviço de PIM (Preparação Individualizada de Medicação) reforçam esta tendência.